EDUCAÇÃO MULTIDISCIPLINAR

Defendemos uma política educacional multidisciplinar integrando os conhecimentos científico, artístico, desportivo e técnico-profissional, capaz de identificar habilidade, talento, potencial e vocação. A Educação é uma bússola que orienta o caminho, minimiza dúvidas, reduz preocupações e fortalece a capacidade de conquistar oportunidades e autonomia, exercer cidadania e civismo e propiciar convivência social com qualidade, dignidade e segurança. O sucesso depende da autoridade da direção, do valor dado ao professor, do comprometimento da comunidade escolar e das condições oferecidas pelos gestores.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

SUSTO NA GRAMÁTICA

ÂNGELA RAVAZZOLO, EDITORA DE EDUCAÇÃO - ZERO HORA 19/05/2011

Tu vai sair para almoçar hoje?. Quase todo mundo já usou essa expressão em uma conversa, mesmo sabendo que a conjugação correta do verbo seria tu vais.

É comum ouvir as pessoas dizerem que vão tomar um “copo de leiti” – a letra “e” no final de “leite” é transformada, na oralidade, em “i”.

São erros, adaptações ou jeitos de falar próprios dos brasileiros? Debati o tema ontem com os professores da UFRGS Luciana Piccoli e Pedro Garcez (assista à íntegra da nossa conversa e leia o capítulo do livro que gerou a polêmica em www.zerohora.com). Para Garcez, não são erros, são “formas socialmente estabelecidas que fazem parte do português brasileiro”. O especialista argumenta, inclusive, que esses dois exemplos citados são mais aceitos que outros estigmatizados, como “pranta” no lugar de “planta”.

Encontrar uma forma não prevista na gramática como uma possibilidade adequada em um livro distribuído pelo Ministério da Educação assusta, e a primeira reação é acreditar que os estudantes vão ficar orgulhosos de falar errado ou simplesmente vão repetir as incorreções no dia a dia.

Esse susto, que desencadeou um debate nacional interessante nos últimos dias, faz sentido. Mas também faz sentido pensar que a reflexão sobre as diferenças entre falar e escrever podem ser tema de debate na sala de aula, acreditando que os alunos têm condições de compreender a forma gramatical da norma escrita e descobrir o limite de uso das formas orais. E aí, novamente, o professor é a figura-chave: é ele quem precisa orientar o estudante para entender essas peculiaridades e, assim, adquirir consciência sobre a linguagem falada e a escrita.

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