EDUCAÇÃO MULTIDISCIPLINAR

Defendemos uma política educacional multidisciplinar integrando os conhecimentos científico, artístico, desportivo e técnico-profissional, capaz de identificar habilidade, talento, potencial e vocação. A Educação é uma bússola que orienta o caminho, minimiza dúvidas, reduz preocupações e fortalece a capacidade de conquistar oportunidades e autonomia, exercer cidadania e civismo e propiciar convivência social com qualidade, dignidade e segurança. O sucesso depende da autoridade da direção, do valor dado ao professor, do comprometimento da comunidade escolar e das condições oferecidas pelos gestores.

terça-feira, 31 de maio de 2011

O ENSINO EM TRANSFORMAÇÃO

EDITORIAL ZERO HORA 31/05/2011

O acelerado esvaziamento de escolas públicas tradicionais do Estado reafirma diagnósticos sobre as mudanças na área educacional e os impactos que desafiam permanentemente os responsáveis pela formulação de políticas públicas. As explicações, a partir da análise de dois ícones do Estado, o Colégio Júlio de Castilhos e o Instituto de Educação, vão desde a maior busca por ensino profissionalizante e pelas escolas particulares até o desinteresse por estabelecimentos antes voltados para formar futuros professores. Outros fatores levados em conta são a pulverização das matrículas pela rede pública e até a redução da população em idade escolar.

O conjunto de motivos define, com pequenas discordâncias entre os educadores e especialistas na área, um quadro que, de qualquer forma, é desalentador, pois também passa a ser enfrentado por outros educandários tradicionais do interior do Estado. É cômodo concluir que o fenômeno seria irreversível, pela mudança do perfil do ensino e da população. Mesmo que não se pretenda simplesmente resgatar a relevância dessas escolas por tudo que representaram até recentemente, é certo que a situação dos antigos colegiões, como sempre foram carinhosamente chamados, deve contribuir para a reorientação das políticas do governo estadual e também da União.

Se um dos principais fatores, como indicam as avaliações, é o esvaziamento das escolas generalistas, em decorrência da prioridade dos jovens por uma boa formação em escola técnica, a tarefa de atender a essa demanda é, principalmente, da área federal. Ressalte-se que a educação pública não pode ser vista como parte de um mercado, mas adequada às demandas concretas de quem ainda depende de escolas mantidas pelo governo. Por isso, as novas circunstâncias, determinadas também pelo novo momento econômico e pela modernização do país, exigem reformulações no perfil dos educandários, sem saudosismo e coerentes com a realidade, as expectativas e os sonhos dos que continuam confiando no ensino público.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Como é bom ler o editorial de um jornal importante como é a Zero Hora reconhecendo o que estamos defendendo a muito tempo neste espaço - o ensino multidisciplinar focado na identificação vocacional, no talento e na profissionalização. Um foco assim é motivador e instrumento de inclusão no mercado de trabalho em busca da autonomia e sobrevivência social.

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