Escolas literalmente cercadas por traficantes e consumidores de drogas, postos de saúde ameaçados pela violência, parques e praças tomados por marginais. Esses cenários, que emergiram no noticiário nesta semana, mostram o quanto a segurança pública está negligenciada na Grande Porto Alegre. Tudo é inaceitável: crianças estudando ao lado de consumidores de crack, profissionais de saúde agredidos por pacientes e a população tendo que renunciar ao uso de equipamentos públicos porque estes foram tomados por marginais.
No caso das escolas, as autoridades reconhecem o problema, que se mantém pela inexistência de verbas e programas específicos para combatê-lo. Poucas das mais de 2,5 mil escolas do Estado têm segurança própria e, na Capital, uma minoria conta com PM residente. As consequências são as previsíveis: crianças e jovens que deveriam ver a escola como um parâmetro para se posicionarem frente à vida são confrontadas continuamente no local com a venda e o consumo de drogas, passando a ser encaradas como potenciais clientes. Na área de saúde pública, a violência também se constitui numa ameaça, com o agravante de que as agressões, muitas vezes, partem dos próprios pacientes ou de familiares.
Não é preciso muita reflexão para se concluir o que significa para crianças e adolescentes o convívio permanente com usuários e mesmo traficantes de drogas. A situação não é muito diferente em unidades e postos de saúde, onde agressões físicas contra profissionais da área médica têm sido rotineiras, a ponto de alguns deles ameaçarem deixar o trabalho, prejudicando principalmente os enfermos. Isso sem falar na depredação de praças e parques e na falta de conservação e limpeza desses locais, fazendo com que a população precise conviver com o descaso e com a sujeira.
Os contribuintes pagam seus impostos na expectativa de poderem contar com alternativas de prestação de serviços mais eficientes. O poder público deve respostas mais firmes nessas áreas, particularmente na de segurança pública.
EDITORIAL ZERO HORA 20/05/2011
Este blog mostrará as deficiências, o sucateamento, o descaso, a indisciplina, a ausência de autoridade, os baixos salários, o bullying, a insegurança e a violência que contaminam o ensino, a educação, a cultura, o civismo, a cidadania, a formação, a profissionalização e o futuro do jovem brasileiro.
EDUCAÇÃO MULTIDISCIPLINAR
Defendemos uma política educacional multidisciplinar integrando os conhecimentos científico, artístico, desportivo e técnico-profissional, capaz de identificar habilidade, talento, potencial e vocação. A Educação é uma bússola que orienta o caminho, minimiza dúvidas, reduz preocupações e fortalece a capacidade de conquistar oportunidades e autonomia, exercer cidadania e civismo e propiciar convivência social com qualidade, dignidade e segurança. O sucesso depende da autoridade da direção, do valor dado ao professor, do comprometimento da comunidade escolar e das condições oferecidas pelos gestores.
sexta-feira, 20 de maio de 2011
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