EDUCAÇÃO MULTIDISCIPLINAR

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sábado, 28 de maio de 2011

ESCOLA RECOLHE ARMAS E MUNIÇÃO DE ALUNOS


Direção de colégio de Passo Fundo relata furtos e atos de vandalismo - LEANDRO BECKER | PASSO FUNDO/CASA ZERO HORA, 28/05/2011

Facas, revólver de brinquedo e até cartuchos de fuzil recolhidos pela direção da Escola Municipal de Ensino Fundamental São Luiz Gonzaga, em Passo Fundo, desde o ano passado foram entregues ontem à Polícia Civil. A direção também fez queixa de crimes e vandalismo desenfreado no colégio.

Foram entregues um estilingue, um revólver de brinquedo, dois cartuchos de fuzil e dois projéteis de revólver calibre 38. Também foram apresentadas 12 facas, incluindo uma com 20 centímetros de lâmina e outra com 19 centímetros.

De acordo com a direção, o material foi encontrado em um terreno baldio ao lado da escola, dentro de um bueiro no pátio do colégio, em uma sala arrombada em setembro de 2010 e até mesmo atrás de quadros nas salas de aula. Os demais itens foram retirados de alunos e ex-alunos dentro e próximo à escola.

O colégio tem 1,1 mil estudantes e funciona em três turnos. Até mesmo placas de bronze expostas nos corredores já teriam sido furtadas na instituição. O diretor Luiz Ilon de Oliveira afirma que muitos professores e funcionários preferem não registrar os casos na polícia temendo represálias.

– Grades já foram arrebentadas, e a caixa de luz chegou a ser arrancada. Até câmeras de vigilância já tentaram levar – afirma.

Depois de ter segurança apenas em dias alternados, ele diz que, desde quarta-feira, há um segurança diariamente no colégio.


“Há alunos que se vingam por tirar nota ruim” - Luiz Ilon de Oliveira, diretor da escola. Com 31 anos de magistério, Luiz Ilon de Oliveira conversou ontem com ZH sobre a violência na escola:

ZH – Por que a escola decidiu apreender por contra própria o material?
Oliveira – Não é minha função desarmar ninguém, mas a situação exige uma atitude enérgica. Afinal, a Brigada Militar não pode estar 24 horas por dia na escola.

ZH – Como o senhor se sente?
Oliveira – A comunidade merece educação de qualidade, mas falta segurança. A sensação de impunidade vem para dentro da escola. Meu carro já foi riscado e arrombado duas vezes. Há casos de alunos que se vingam por tirar nota ruim. É difícil.

ZH – Até que ponto a droga exerce influência?
Oliveira – Não são todos que usam, mas um pequeno grupo de alunos, além de ex-alunos. O problema é que se deixarmos uma cadeira para o lado de fora e não houver guarda, alguém rouba, desmonta e vende o ferro para comprar droga. Tudo que dá eles se apossam.

ZH – O que a escola faz para mudar essa realidade?
Oliveira – Estamos buscando fazer palestras e ações diretas com alunos e pais sobre o vandalismo.

ZH – Como encontrar forças para combater essa situação?
Oliveira – Amo a minha profissão. O brilho nos olhos das crianças motiva, mas está difícil ser educador.

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