EDUCAÇÃO EM ALTA. Santa Catarina, um modelo de ensino. Interação com a comunidade é um dos fatores para explicar o sucesso
Enquanto o Rio Grande do Sul amarga pontuação abaixo do esperado e metas inalcançadas no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), Santa Catarina ocupa os primeiros postos da avaliação, que analisa o desempenho dos estudantes brasileiros. Qual o segredo dos catarinenses, que têm investimentos semelhantes – e por vezes menores – em educação, na comparação com os gaúchos?
O Estado vizinho, primeiro lugar no Ensino Médio, líder nos anos finais do Ensino Fundamental e segundo colocado nos anos iniciais, vem crescendo nas avaliações do Ideb desde 2005 não por acaso. Com valores nada estratosféricos investidos por aluno – R$ 3.526,17 em 2011, enquanto o Rio Grande do Sul registrou R$ 4.460,61, segundo o Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação (Siope) –, os educadores catarinenses têm apontado a interação com a comunidade, a boa formação dos professores e o acesso facilitado a cursos no Interior como fatores primordiais para explicar o sucesso.
O secretário de Educação de Santa Catarina, Eduardo Deschamps, destaca que 92% dos professores do Estado têm graduação e 60% fizeram alguma especialização, mestrado e doutorado. Para o coordenador do curso de Pedagogia da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), Jorge Alexandre Cardoso, o alcance das universidades comunitárias a 100% das regiões do Estado permite a formação de professores em todos os cantos do Estado.
Estabelecimento de ensino catarinense de melhor pontuação, a Escola Municipal Adolpho Bartsch, de Joinville, alcançou nota 7,9 nos anos iniciais (primeiro ao quinto ano) do Ensino Fundamental. Construída em mutirão pela comunidade nos anos 80, tem suas ações acompanhadas de perto pelos pais dos alunos.
– Temos um forte apoio dos pais, da comunidade – explica o diretor Fábio de Almeida Doin.
Enquanto o Rio Grande do Sul amarga pontuação abaixo do esperado e metas inalcançadas no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), Santa Catarina ocupa os primeiros postos da avaliação, que analisa o desempenho dos estudantes brasileiros. Qual o segredo dos catarinenses, que têm investimentos semelhantes – e por vezes menores – em educação, na comparação com os gaúchos?
O Estado vizinho, primeiro lugar no Ensino Médio, líder nos anos finais do Ensino Fundamental e segundo colocado nos anos iniciais, vem crescendo nas avaliações do Ideb desde 2005 não por acaso. Com valores nada estratosféricos investidos por aluno – R$ 3.526,17 em 2011, enquanto o Rio Grande do Sul registrou R$ 4.460,61, segundo o Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação (Siope) –, os educadores catarinenses têm apontado a interação com a comunidade, a boa formação dos professores e o acesso facilitado a cursos no Interior como fatores primordiais para explicar o sucesso.
O secretário de Educação de Santa Catarina, Eduardo Deschamps, destaca que 92% dos professores do Estado têm graduação e 60% fizeram alguma especialização, mestrado e doutorado. Para o coordenador do curso de Pedagogia da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), Jorge Alexandre Cardoso, o alcance das universidades comunitárias a 100% das regiões do Estado permite a formação de professores em todos os cantos do Estado.
Estabelecimento de ensino catarinense de melhor pontuação, a Escola Municipal Adolpho Bartsch, de Joinville, alcançou nota 7,9 nos anos iniciais (primeiro ao quinto ano) do Ensino Fundamental. Construída em mutirão pela comunidade nos anos 80, tem suas ações acompanhadas de perto pelos pais dos alunos.
– Temos um forte apoio dos pais, da comunidade – explica o diretor Fábio de Almeida Doin.
DADOS
- 92% dos professores de Santa Catarina têm graduação
- 60% fizeram alguma especialização, mestrado ou doutorado
CONTRAPONTO:
RS terá uma avaliação própria
A Secretaria da Educação do Rio Grande do Sul respeita a avaliação do Ideb, mas questiona suas prioridades. Para o titular da pasta, Jose Clovis de Azevedo, o exame deveria englobar disciplinas além de matemática e português. Segundo ele, o ensino no Estado é mais diversificado do que o dos catarinenses, que é muito focado em “avaliações externas”. Se outras disciplinas integrassem o Ideb, o resultado poderia ser outro, entende o secretário.
– Nós achamos que o Ideb é um indicador importante, que devemos levar em consideração, mas ele não faz a leitura de toda a diversidade curricular. Nós temos na nossa rede muita música, muitos projetos de estudo de geografia, história, sustentabilidade, meio ambiente – argumenta.
Diante desse cenário, a secretaria planeja lançar, no mês que vem, uma avaliação própria no Rio Grande do Sul. Ao lado do Ideb, o Sistema Estadual de Avaliação Participativa (Seap) servirá para identificar problemas e buscar melhorias para o ensino gaúcho.
O Seap incluirá um programa de computador que armazenará dados coletados por meio de um questionário, composto de 50 indicadores educacionais.
RS terá uma avaliação própria
A Secretaria da Educação do Rio Grande do Sul respeita a avaliação do Ideb, mas questiona suas prioridades. Para o titular da pasta, Jose Clovis de Azevedo, o exame deveria englobar disciplinas além de matemática e português. Segundo ele, o ensino no Estado é mais diversificado do que o dos catarinenses, que é muito focado em “avaliações externas”. Se outras disciplinas integrassem o Ideb, o resultado poderia ser outro, entende o secretário.
– Nós achamos que o Ideb é um indicador importante, que devemos levar em consideração, mas ele não faz a leitura de toda a diversidade curricular. Nós temos na nossa rede muita música, muitos projetos de estudo de geografia, história, sustentabilidade, meio ambiente – argumenta.
Diante desse cenário, a secretaria planeja lançar, no mês que vem, uma avaliação própria no Rio Grande do Sul. Ao lado do Ideb, o Sistema Estadual de Avaliação Participativa (Seap) servirá para identificar problemas e buscar melhorias para o ensino gaúcho.
O Seap incluirá um programa de computador que armazenará dados coletados por meio de um questionário, composto de 50 indicadores educacionais.
As medidas gaúchas para melhorar na educação
l. Criação de uma avaliação própria, o Seap;
2. Recuperação da infraestrutura de escolas por meio de 428 obras;
3. Reestruturação curricular;
4. Introdução de novas tecnologias: 100 mil novos computadores para as escolas e 30 mil tablets para professores do Ensino Médio;
5. Substituição de 21 mil professores temporários por efetivos;
6. Reposição salarial de 76% nos salários dos professores até 2014;
7. Retomada das promoções por merecimento..
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