EDUCAÇÃO MULTIDISCIPLINAR

Defendemos uma política educacional multidisciplinar integrando os conhecimentos científico, artístico, desportivo e técnico-profissional, capaz de identificar habilidade, talento, potencial e vocação. A Educação é uma bússola que orienta o caminho, minimiza dúvidas, reduz preocupações e fortalece a capacidade de conquistar oportunidades e autonomia, exercer cidadania e civismo e propiciar convivência social com qualidade, dignidade e segurança. O sucesso depende da autoridade da direção, do valor dado ao professor, do comprometimento da comunidade escolar e das condições oferecidas pelos gestores.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

AS PRIMEIRAS RESPOSTAS

 
ZERO HORA 29 de agosto de 2012 | N° 17176

EDITORIAL

Foi promissora a largada da campanha proposta pelo Grupo RBS para qualificar a educação no país, especialmente no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Já no seu lançamento, a iniciativa denominada A Educação Precisa de Respostas alcançou os primeiros resultados positivos: as exposições do ministro Aloizio Mercadante e dos secretários estaduais Jose Clovis de Azevedo e Eduardo Deschamps, as sugestões dos especialistas Mozart Neves Ramos e Cláudia Costin, e a adesão significativa do público que acompanhou a programação multimídia do Painel RBS, no qual os convidados do programa interagiram com representantes de diversas cidades dos dois Estados.

“Quem estuda vai escolher o que fazer na vida. Quem não estuda vai ser escolhido ou não” – advertiu o ministro da Educação ao apresentar as prioridades de sua pasta para resgatar a qualidade do ensino. Ele elege como principal objetivo a alfabetização na idade certa, lembrando que a criança que não aprende a ler e escrever, nem a dominar o básico de matemática, fatalmente ficará pelo caminho. E há Estados brasileiros, lembrou, em que 35% dos estudantes chegam aos oito anos sem aprender a ler. Por isso, o MEC está coordenando um pacto nacional pela alfabetização, que conta com a adesão de todos os secretários estaduais de Educação e de cerca de 4,5 mil prefeitos. O segundo ponto que o ministro considera importante abordar é o choque da passagem da quinta para a sexta série do Ensino Fundamental, quando os alunos saem do professor único para várias disciplinas. Aqui, o MEC trabalha com propostas que permitam uma inserção mais suave no universo multidisciplinar. Também o Ensino Médio, de péssimos resultados no último Ideb, está recebendo total atenção, devendo passar por uma reformulação de currículo que transforme mais de uma dezena de disciplinas em quatro áreas. Ao mesmo tempo, o governo preocupa-se com a formação e a capacitação de professores.

Pois foi exatamente a valorização do professor, o investimento em quem ensina, o primeiro tema destacado pelo conselheiro do movimento Todos pela Educação, Mozart Neves Ramos, que apontou quatro aspectos essenciais para a qualificação dos docentes: “Salário atraente, plano de carreira pautado na formação continuada e no compromisso com a aprendizagem, formação inicial sólida e insumos para o bom desempenho em sala de aula”. A secretária de Educação do Rio de Janeiro, Cláudia Costin, defendeu a criação de um currículo nacional e relatou a experiência do seu Estado com escolas de turno integral.

Assim, com um debate em torno de ideias pragmáticas, construtivas, voltadas para o bem comum, deu-se a partida de uma campanha que não é só do Grupo RBS, mas também e principalmente das comunidades gaúcha e catarinense. Todos podem – e devem – contribuir para que os jovens, como disse o ministro, possam escolher o que fazer na vida.

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