CORREIO DO POVO, 22/09/2102
EDITORIAL
O ambiente escolar, infelizmente, não tem se mostrado como um lugar apenas para os alunos aprenderem e para completar sua formação como cidadãos. Muitos fatores têm interferido nesse processo de forma negativa, como é o caso da violência escolar. Diante desse contexto, o Ministério da Educação (MEC) está anunciando a assinatura de um convênio com o Conselho Federal de Psicologia para realizar um levantamento da situação de acirramento das relações entre os participantes desse ambiente (professores, alunos e funcionários), a elaboração de materiais didáticos discutindo o tema da violência e a preparação dos professores para lidar com esse tipo de ocorrência.
Segundo o ministro Aloizio Mercadante, esse trabalho de conscientização e preventivo será desenvolvido em todo o território nacional. Entre os temas que serão trabalhados estão drogas, gravidez precoce, racismo, discriminação, ofensas digitais. O foco deverá ser o resgate da diversidade do ser humano, seu direito de ser tratado com respeito e a igualdade inerente à cidadania. O diálogo deve ser incentivado como meio eficaz para resolver conflitos. Também figura entre os objetivos melhorar as escolas para que elas possam ser mais atrativas aos olhos dos alunos, trazendo-lhes novos saberes e desafios num tempo em que a informação circula por todos os lados, principalmente com o advento da Internet. Os grupos de trabalho devem começar os debates em duas semanas, mas toda a implantação do projeto deverá ocorrer no próximo ano letivo.
A educação brasileira precisa melhorar, pois ela é a base para desenvolver o país. Cada centavo gasto em aprendizado ou para viabilizá-lo não é gasto, mas investimento. O Brasil precisa fazer o dever de casa e sair do quadro vexatório em que se encontra, com um dos piores índices de aproveitamento escolar do mundo. Civilizar as relações internas nas escolas já vai ajudar muito nesse sentido.
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