EDUCAÇÃO MULTIDISCIPLINAR

Defendemos uma política educacional multidisciplinar integrando os conhecimentos científico, artístico, desportivo e técnico-profissional, capaz de identificar habilidade, talento, potencial e vocação. A Educação é uma bússola que orienta o caminho, minimiza dúvidas, reduz preocupações e fortalece a capacidade de conquistar oportunidades e autonomia, exercer cidadania e civismo e propiciar convivência social com qualidade, dignidade e segurança. O sucesso depende da autoridade da direção, do valor dado ao professor, do comprometimento da comunidade escolar e das condições oferecidas pelos gestores.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

DIA DE EXPLICAÇÕES

ZERO HORA 13 de setembro de 2012 | N° 17191

PÁGINA 10 | ROSANE DE OLIVEIRA



Foi no Galpão Crioulo do Palácio Piratini, em meio ao trânsito de garçons que serviam o churrasco, que o governador Tarso Genro ouviu ontem, com expressão séria, as cobranças de explicações para a ação direta de inconstitucionalidade contra o reajuste do piso do magistério pelo Fundeb. Cobranças mais do que esperadas, dada a origem dos conselheiros inscritos para questionar o secretário Jose Clovis Azevedo sobre as políticas do governo para a educação. Elas vieram pela boca de quatro dos 10 perguntadores previamente definidos: a professora Neuza Canabarro, ex-secretária da Educação, a representante da CUT, Mara Feltes, e os professores Eduardo Rolim e Daniel Sebastiani.

Estava previsto que Tarso seria o último a falar, mas ele alterou o protocolo e se pronunciou antes do secretário Azevedo. Agradeceu pela oportunidade de esclarecer os motivos que o levaram a assinar a ação junto com outros cinco governadores e repetiu os argumentos usados no artigo publicado domingo passado em ZH. Fez um histórico da aprovação do piso e da emenda que incluiu a correção pelo Fundeb, da sanção pelo então presidente Lula e do projeto encaminhado ao Congresso alterando o indexador para o INPC – até hoje não aprovado. Reconheceu que teve desgaste pessoal com a Adin, mas que assumiu a responsabilidade política e técnica de impedir o caos nas finanças:

– Se não agisse, estaria legando para os próximos governos uma dívida impagável.

Tarso reconheceu que os professores ganham mal, mesmo com o piso corrigido pelo Fundeb, e disse que o magistério deveria ser “a categoria melhor remunerada entre todas, como nos países desenvolvidos”, mas falta dinheiro.

Os empresários Bolivar Moura, Paulo Tigre e Paulo Vellinho foram duros no diagnóstico de que a qualidade da educação no Rio Grande do Sul é péssima e que isso compromete o futuro do Estado. Que a falta de mão de obra qualificada é reflexo de uma educação básica deficiente e da falta de professores qualificados.

Azevedo apresentou uma síntese do que está sendo feito para melhorar a qualidade da educação no Estado – da reforma de prédios a cursos de qualificação de professores – e exibiu uma reportagem da RBS TV mostrando exemplos de iniciativas que estão dando certo, com destaque ao pensamento de especialistas.

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