EDUCAÇÃO MULTIDISCIPLINAR

Defendemos uma política educacional multidisciplinar integrando os conhecimentos científico, artístico, desportivo e técnico-profissional, capaz de identificar habilidade, talento, potencial e vocação. A Educação é uma bússola que orienta o caminho, minimiza dúvidas, reduz preocupações e fortalece a capacidade de conquistar oportunidades e autonomia, exercer cidadania e civismo e propiciar convivência social com qualidade, dignidade e segurança. O sucesso depende da autoridade da direção, do valor dado ao professor, do comprometimento da comunidade escolar e das condições oferecidas pelos gestores.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

AS ESCOLAS SOB AVALIAÇÃO

ZERO HORA 25 de setembro de 2012 | N° 17203
 

EDITORIAL


É bem-vindo o projeto do governo de lançar mais um sistema estadual de avaliação das escolas da rede pública, pelo qual a comunidade escolar – incluindo professores, funcionários, alunos e pais – apreciará um conjunto de 50 indicadores para definir a qualidade do ensino ministrado. Resta saber o que será feito com mais esta aferição, a ser lançada hoje, diante da rejeição explícita da entidade representativa dos docentes e da queixa de falta de debate prévio por parte de líderes de pais. O desejável é que seja seguida de um plano de ação exequível, destinado a corrigir as deformações que empurram o ensino gaúcho para uma posição desconfortável no cenário nacional.

Mecanismos de avaliação são essenciais nos casos em que o objetivo é perseguir qualidade em alguma área, particularmente quando o que está em jogo são formas de aperfeiçoar o sistema educacional, adequando os ganhos às necessidades de quem tem por missão ensinar e de quem está em fase de aprendizado. É positiva, por isso, a intenção do novo sistema de se focar mais nos processos que levam aos resultados, mostrando-se complementar a alternativas existentes hoje, como é o caso do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

O poder público, por sua vez, precisa se mostrar capaz de motivar todos os agentes envolvidos na área de ensino a se integrarem nesse processo e, ao mesmo tempo, de colocar em prática sugestões consideradas procedentes. Como ficou claro a partir da origem do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), por exemplo, é importante aguardar um tempo considerável até que as resistências desapareçam ou, pelo menos, se atenuem.

O pior dos cenários, nesse caso, é simplesmente rechaçar a ideia de qualquer avaliação no setor educacional. O poder público terá melhores condições de reduzir essas objeções se conseguir passar a ideia de que as imperfeições apontadas deixarão de se constituir em entraves para avanços no ensino.

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