EDUCAÇÃO MULTIDISCIPLINAR

Defendemos uma política educacional multidisciplinar integrando os conhecimentos científico, artístico, desportivo e técnico-profissional, capaz de identificar habilidade, talento, potencial e vocação. A Educação é uma bússola que orienta o caminho, minimiza dúvidas, reduz preocupações e fortalece a capacidade de conquistar oportunidades e autonomia, exercer cidadania e civismo e propiciar convivência social com qualidade, dignidade e segurança. O sucesso depende da autoridade da direção, do valor dado ao professor, do comprometimento da comunidade escolar e das condições oferecidas pelos gestores.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

MAIS VERBAS E MAIS GESTÃO NO ENSINO

CORREIO DO POVO, 13/09/2012


EDITORIAL

Amealhar mais recursos e também gerir melhor a educação. Esse parece ser um binômio que tem de estar ajustado para que o país melhore a qualidade do aprendizado no sistema escolar. Para a presidente da União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Cleuza Repulho, um relatório divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostra que já houve avanços, mas que muito mais precisa ser feito. Segundo o documento da instituição, o país figura entre os quatro que mais investiram em educação no período entre 2000 e 2009, passando de 10,5% dos gastos públicos em 2000 para 16,8% em 2009. Isso, para a dirigente, reforça a necessidade de que se chegue a 10% do Produto Interno Bruto em investimentos educacionais. Os gastos por aluno tiveram um incremento de 149% entre 2005 e 2009, tanto no ensino médio quanto no fundamental, com o país ocupando a melhor posição entre 29 nações que enviaram dados para a pesquisa.

Para a diretora-executiva do Movimento Todos Pela Educação, Priscila Cruz, é preciso elevar o montante gasto na educação, mas não se pode apenas pensar em percentuais. Até mesmo 12%, 15% do PIB pode ser pouco se a gestão do ensino não for melhorada, ressalta. Para ela, é necessário repensar todo o processo, melhorando a qualidade dos ciclos anteriores à entrada do aluno nas universidades. O objetivo, acrescenta, é que todo aluno possa receber uma educação básica qualificada.

Esses números revelam uma tendência de maior atenção para a educação. Contudo, depois de décadas perdidas e de uma estagnação desestruturadora, o sistema de ensino precisa recuperar terreno para depois avançar rumo a novos parâmetros de qualidade. A universalização tem de ser completa, mas aliando quantidade com qualidade. Todos os brasileiros precisam ter acesso à sala de aula e, além disso, devem encontrar nela as condições para aprender de forma efetiva.

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