EDUCAÇÃO MULTIDISCIPLINAR

Defendemos uma política educacional multidisciplinar integrando os conhecimentos científico, artístico, desportivo e técnico-profissional, capaz de identificar habilidade, talento, potencial e vocação. A Educação é uma bússola que orienta o caminho, minimiza dúvidas, reduz preocupações e fortalece a capacidade de conquistar oportunidades e autonomia, exercer cidadania e civismo e propiciar convivência social com qualidade, dignidade e segurança. O sucesso depende da autoridade da direção, do valor dado ao professor, do comprometimento da comunidade escolar e das condições oferecidas pelos gestores.

quinta-feira, 15 de março de 2012

PISO - MOBILIZAÇÃO NÃO FAZ SURGIR VERBA

PISO DO MAGISTÉRIO. Mobilização não faz surgir verba, diz Azevedo. Segundo o secretário, aulas e horas perdidas serão recuperadas. JORNAL DO COMERCIO, 15/03/2012


Começou ontem e se estende até amanhã a paralisação nacional dos professores de escolas públicas municipais e estaduais. No Rio Grande do Sul, diversas escolas ficaram sem aulas no primeiro dia da manifestação, como o Colégio Júlio de Castilhos, o Instituto de Educação e o Colégio Estadual Florinda Tubino Sampaio. O Cpers/Sindicato, que lidera o movimento, calcula que mais 20 escolas tenham aderido à paralisação na Capital. Já em outras cidades, como Pelotas e Gravataí, a categoria diz que a adesão foi em torno de 90%.

A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) divulgou percentuais menores. De acordo com o levantamento, 27% das escolas estaduais paralisaram totalmente as atividades, e 24% parcialmente. “Nenhuma mobilização vai se transformar em dinheiro. Além disso, todas as aulas e horas perdidas serão recuperadas”, garante o secretário da Educação, Jose Clovis de Azevedo. De acordo com ele, a recomendação é que os pais continuem mandando seus filhos para as aulas, pois há muitos profissionais trabalhando.

No início da semana, o sindicato conseguiu o adiamento da votação do piso estadual, calculado de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) na Assembleia Legislativa. Mesmo com a prorrogação da decisão para a próxima terça-feira, o governo do Estado mantém a proposta de reajuste de 23,5%, em três parcelas. Com esta porcentagem, o piso dos professores chegará em 2014 a R$ 1.260,00, valor inferior ao estipulado pelo governo federal, de R$ 1.451,00, que tem como base para o cálculo o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Segundo o secretário, nunca existiu uma proposta como esta. “Este é o nosso limite”, completou.

Durante estes três dias, a categoria realiza, em todo o País, diversas mobilizações para cobrar o cumprimento do piso nacional do magistério. A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) sugere que durante os três dias as atividades nas escolas sejam suspensas, mas cada sindicato está organizando a mobilização de acordo com a pauta de reivindicação local. No Distrito Federal, os professores já estão em greve em função das negociações de reajuste salarial com o governo.

Além de cobrar o cumprimento da Lei do Piso, a paralisação nacional também defende o aumento dos investimentos públicos em educação. A CNTE quer que o Plano Nacional de Educação (PNE), que tramita na Câmara dos Deputados, inclua em seu texto uma meta de investimento mínimo na área, equivalente a 10% do Produto Interno Bruto (PIB), a ser atingida em um prazo de dez anos.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Para senadores, deputados, magistrados, procuradores e cargos comissionados não há falta de verbas públicas para pagar salários próximos ao teto e privilégios. Que tipo de "mobilização" ou de pressão eles fazem para conseguir estas verbas facilmente e sem debates?

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