EDUCAÇÃO MULTIDISCIPLINAR

Defendemos uma política educacional multidisciplinar integrando os conhecimentos científico, artístico, desportivo e técnico-profissional, capaz de identificar habilidade, talento, potencial e vocação. A Educação é uma bússola que orienta o caminho, minimiza dúvidas, reduz preocupações e fortalece a capacidade de conquistar oportunidades e autonomia, exercer cidadania e civismo e propiciar convivência social com qualidade, dignidade e segurança. O sucesso depende da autoridade da direção, do valor dado ao professor, do comprometimento da comunidade escolar e das condições oferecidas pelos gestores.

sábado, 16 de abril de 2011

VIOLÊNCIA NA ESCOLA

EDITORIAL ZERO HORA 16/04/2011

É ampla, e por isso não deve se restringir à rede pública estadual, a tarefa civilizadora dos comitês comunitários criados para combater a violência no meio escolar. Idealizados pelo governo do Estado, os comitês têm a missão de finalmente pôr em prática medidas debatidas à exaustão, mas nem sempre transformadas em ações concretas. Como a iniciativa é adotada num momento em que, ainda traumatizado, o país tenta compreender a chacina ocorrida na escola do bairro de Realengo, no Rio, espera-se que a capacidade de mobilização dos gaúchos não se esgote depois de passado o impacto provocado pela tragédia.

O esforço integrado é a grande virtude da ideia dos comitês, que corrige uma falha notada não só no Rio Grande do Sul. Providências no sentido de evitar especialmente o bullying nos colégios são da responsabilidade de todos. O Executivo, não só como mantenedor de redes escolares, mas como executor de políticas públicas que interferem em todo o entorno do meio colegial, deve disponibilizar quadros e recursos nesse esforço. Os educandários, nem sempre preparados para lidar com a questão da violência, também são desafiados a enfrentar um problema que não se restringe à rede pública e ocorre sem distinção de classes sociais. Ambos devem atuar em conjunto com as comunidades, representadas por pais e lideranças, e outras instituições, ou qualquer iniciativa será condenada ao fracasso.

Todos os envolvidos serão obrigados a reconhecer a omissão quase generalizada no combate aos maus-tratos, que se tornaram parte da rotina dos colégios, na maioria das vezes por serem encarados com indiferença pela direção, pelos professores e, principalmente, pelos próprios pais dos estudantes. O que importa é a ação concreta no sentido de reparar essa letargia, abalada pelo episódio de Realengo. Espera-se que as deliberações levem em conta não apenas as ameaças externas, como as drogas, e internas, como o famigerado bullying, mas todos os aspectos envolvidos na violência e nas mais variadas formas de indisciplina escolar, e que as decisões privilegiem o envolvimento comunitário e a prevenção.

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