EDUCAÇÃO MULTIDISCIPLINAR

Defendemos uma política educacional multidisciplinar integrando os conhecimentos científico, artístico, desportivo e técnico-profissional, capaz de identificar habilidade, talento, potencial e vocação. A Educação é uma bússola que orienta o caminho, minimiza dúvidas, reduz preocupações e fortalece a capacidade de conquistar oportunidades e autonomia, exercer cidadania e civismo e propiciar convivência social com qualidade, dignidade e segurança. O sucesso depende da autoridade da direção, do valor dado ao professor, do comprometimento da comunidade escolar e das condições oferecidas pelos gestores.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

ARMAS NA MOCHILA


Escolas flagram alunos com pistolas. Além de cadernos, dois alunos de escolas da Capital levavam ontem armas na mochila.CAROLINA ROCHA, ZERO HORA 13/04/2011

Um dos flagrantes foi feito pela manhã, no bairro Partenon. À tarde, com um estudante do bairro Passo das Pedras, foi encontrada outra arma. As pistolas localizadas com os adolescentes surpreenderam os policiais. Em um dos casos, o garoto estava com uma pistola 9 mm, de fabricação israelense. Os dois casos chamaram a atenção dos gaúchos por ocorrer menos de uma semana depois de um atirador matar 12 adolescentes em uma escola de Realengo, no Rio de Janeiro, e se suicidar. O ataque chocou o país e ganhou repercussão internacional.

Arma descoberta após cair da bolsa

Eram 10h30min quando a orientadora educacional Janaína Costa, 32 anos, da Escola Estadual Dr. Oscar Tollens, no bairro Partenon, viu a pistola calibre 22 cair de dentro da mochila de um aluno.

– A mochila estava meio aberta e vi a arma caindo. Juntei rapidamente para que os alunos não percebessem – contou.

Aluno da 5ª série, o garoto de 14 anos, foi levado à diretoria. O PM residente da escola foi chamado e pediu ajuda dos colegas do 19º BPM. Aos policiais, o estudante contou que a arma era herança de um amigo, já morto, e que andava com ela para se defender de ameaças. No entanto, o garoto não disse por quem estava sendo ameaçado.

Ao prestar depoimento ao delegado Flávio dos Reis Pereira, ele decidiu calar-se. Autuado em flagrante por porte ilegal de arma, o adolescente foi encaminhado ao Ministério Público que o denunciou pelo mesmo crime.

O adolescente terá de cumprir medida socioeducativa de liberdade assistida de seis meses e mais 20 semanas de prestação de serviços comunitários.

O Juizado da Infância e Juventude, que determinou a medida, também encaminhou o garoto para avaliação psiquiátrica e psicológica.

Santa Maria - um flagrante também causou preocupação.

Uma estudante da 6ª série foi encontrada com um punhal, na Escola Estadual de Ensino Fundamental Paulo Freire. O objeto foi visto por uma colega, entre os materiais escolares da garota de 14 anos. A instituição atende a cerca de cem crianças em situação de vulnerabilidade. Para o diretor da escola, Claiton Diniz do Prado, a estudante poderia estar com arma para se defender.

PORTO ALEGRE - Informação anônima leva BM a aluno armado



Foi por uma informação anônima ao telefone 190 que permitiu a integrantes do 20º Batalhão de Polícia Militar (20º BPM) flagraram um aluno da Escola Municipal Lauro Rodrigues, na Vila Ingá, no bairro Passo das Pedras, armado com uma pistola nove milímetros, de fabricação israelense.

Segundo a Brigada Militar, os PMs foram até a escola durante a tarde e, com a autorização da direção, revistaram a mochila do estudante. Conforme havia sido detalhado pelo informante da polícia, a arma e as munições estavam dentro da mochila do aluno da 7ª série, um adolescente de 16 anos.

De acordo com o delegado Flávio dos Reis Pereira, do plantão do Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca), o aluno não tinha registros anteriores de infrações.

Conforme Pereira, o garoto recebeu a orientação do advogado para não prestar depoimento aos investigadores. O estudante foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma de uso restrito.

O garoto foi encaminhado ao Ministério Público. Devido ao horário do flagrante – fim da tarde de ontem –, ele só deverá ser apresentado na manhã de hoje no Judiciário, que deverá definir eventual medida socioeducativa.

3 comentários:

  1. Sou professora da Escola Estadual Paulo Freire em Santa Maria-RS, a quase seis anos, fatos como estes e até considerados com mais riscos a vida, perigosos, já aconteceram lá, mas nunca em todos os anos que trabalho nesta instituição percebi tão claramente o propósito sensacionalista ao expor a adolescente. Entendo e percebo a gravidade do uso de qualquer arma ou objeto estranho que venha a ferir ou ameaçar a vida das pessoas devam sim ser afastados e registrados como Atos Inflacionais ou se for o caso Delito.
    Porém o que lamento hoje é a forma como estão sendo conduzidos os fatos, pois percebo o sensacionalismo que está acontecendo em cima deste fato, sei do agravante dos fatos, mas faltou se levar em consideração que a dolescente está com acompanhamento psicológico e também questiono hoje, porque os demais casos, durante todos estes anos em que atuo nesta escola não foram levados a mídia e não teve mesma repercussão?
    O que mudou nesta escola?
    Como educadora o que posso dizer é que hoje o perfil desta escola já não é mais o mesmo, pois os educando que hoje eu atendo, foge do perfil da Proposta Pedagógica de Escola Aberta, a maioria são educando que saíram das demais escolas da rede pública, por indisciplina, falta de limites, por falta de adequação a uma escola tradicional, com dogmas, porém temos sim número muito pequeno, reduzidos de educando com o perfil e característica de escola aberta. Mas os mesmo estão em tratamento, poucos participam das atividades pedagógicas, e quando isto acontece, vejo educadores despreparados para atendê-los, sem conhecimento adequado para uma abordagem e atendimento.
    Os nossos educando são adolescentes em situação de vulnerabilidade, estão em situação de rua, mas isso não quer dizer que são de rua a maioria, aqui está à grande diferença.
    Em nome do trabalho que realizo com estes educando, pelo respeito e carinho que tenho com as crianças e adolescentes, pela responsabilidade e comprometimento como educadora chamo a atenção da sociedade, fatos como estes na maioria de nossas escolas está acontecendo, porém sensacionalismo , só vai gerar mais violência. Devemos encontrar outro caminho que não a divulgação, publicação na mídia. Quem sai ganhando, a quem estamos promovendo com está notícia. A quem queremos chamar atenção. O que está por trás desta grande notícia em vários jornais e canais de TV?
    A sociedade já parou para pensar como vamos fazer para que esta adolescente retorne a escola?
    Qual é o verdadeiro Papel da Escola Aberta?
    Como vamos reconstruir este sujeito, se jogamos nossas vaidades, nossa falta de conhecimento em cima de um fato, enquanto que muitos outros já aconteceram.
    Por que somente este caso da Escola Paulo Freire teve tanta repercussão na mídia. O que mudou?
    Também pergunto o que fazemos quando nós educadores sofremos o Bullying de educadores desta escola. Porque fatos como estes não são levados a mídia?Qual é a diferença?
    Dirce Aguiar Ribeiro
    Escola estadual de Ensino Fundamental Paulo Freire
    Escola estadual de educação Básica Augusto Ruschi
    Convido está mídia para que conheça o trabalho o qual os educando desta escola realizam na Oficina a qual trabalho com eles no turno da tarde.

    http://oficinadepapelreciclado.blogspot.com

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  2. Para ilustrar minha fala, vou relatar um momento o qual estávamos comemorando o aniversário de Escola Estadual de Ensino Fundamental Paulo Freire em santa Maria-RS.

    Chegando à escola por volta das 10h e 30 min. para o almoço de comemoração de aniversário da escola, os meninos e meninas de rua correm para me receber a caminho do portão de entrada, com alegria e abraços.
    Pela equipe diretiva não fui bem esperada para confraternização, a intenção era que eu não conseguisse a liberação da outra escola para estar nos festejos. Fui vigiada o tempo todo, como se fosse uma estranha no ninho, sendo que aqui é o meu local de trabalho, logo a tarde já seria o meu turno de atividades na escola.
    Em meio ao almoço, várias máquinas fotográficas espalhadas, a dos colegas educadores e convidadas, inclusive eu. A festa seguia com alegria por parte dos educando, muitas vezes eu interagia e participava com eles.
    No entanto uma das convidadas, a qual interfere nas decisões da escola , grita em alto e bom tom: se alguém publicar minhas fotos eu denuncio e processo, no entanto sua foto sai estampada nos jornais da cidade como se fosse ao atual diretor(a). Neste momento só quem não entendia eram os jovens adolescentes que ali estavam inclusive ficando indignados com a postura dessa pessoa chegaram até responder aos desaforos como se fossem ditos a eles. A situação no momento gerou conflitos, agitos dos meninos e eu já andava que me cuidava, pois a sensação é que eu poderia ser agredida fisicamente a qualquer momento. Inclusive após o almoço, estava eu no banheiro e essa pessoa empurra a porta e dá uns gritos, tipo, marcando presença e amedrontando.
    Também quero lembrar que todas as entrevistas as quais foram dadas a jornalistas, foram dadas por esta pessoa, sendo que ela falou em nome da escola o tempo todo, como se fosse o diretor (a) da escola. Essa pessoa trabalha em outra instituição que não é da Rede estadual.
    Todos os presentes entenderam que o recado tinha direção certa, me atingir, pois eu sou uma das educadoras que mexo com a vaidade dessa pessoa, que me posiciono e não apenas acato ordens suas ordens, tenho conhecimento e procuro fazer da escola aberta uma escola mais participativa. Então era eu o alvo, o insulto tinha uma direção certeira.,era para me atingir. Pois todos entendiam que a única educadora que estava deixando essa pessoa indignada era eu com a criação do blog e com todos os trabalhos que venho realizando com sucesso com os educados.
    O blog foi criado com alunos para que os mesmos pudessem interagir e mostrar seus trabalhos, este blog é mais um de nossos recursos didáticos, promovendo assim o uso das novas tecnologias em nossas aulas. Tenho o conhecimento das netiquetas e sendo assim respeito às regras.

    Dirce Aguiar Ribeiro
    Fones: 3026.6976 ou 055.9141.1723

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