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EDUCAÇÃO MULTIDISCIPLINAR
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terça-feira, 12 de abril de 2011
POLICIAL HERÓI - PREFERIA NÃO RECEBER A HOMENAGEM
PROMOÇÃO.'Preferia não receber a homenagem', diz PM promovido por bravura em massacre de Realengo - 12/04/2011 às 10h57m - Ediane Merola
RIO - Três policiais militares que participaram da ação na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na quinta-feira passada, foram promovidos por ato de bravura, na manhã desta terça-feira, durante cerimônia no Quartel General da corporação. O terceiro-sargento Márcio Alexandre Alves, que baleou o atirador Wellington Menezes de Oliveira, mudou de patente e agora é segundo-sargento. Os cabos Denilson Francisco de Paula e Ednei Feliciano da Silva, que ajudaram a socorrer as vítimas do assassino, passam a ocupar o posto de terceiro-sargento. Alves, que recebeu a promoção das mãos do presidente da República em exercício, Michel Temer, estava agradecido pelo reconhecimento, mas lamentou ter que receber a homenagem:
- Preferia não estar recebendo essa homenagem. Preferia que as crianças estivessem aqui hoje - disse Alves, emocionado. - Há cinco anos, mais ou menos, eu não tinha a necessidade de usar a minha arma em uma ação, só durante os treinamentos. Mas sou policial, escolhi essa profissão. Queria ser desde criancinha e esse é um sonho realizado.
O comandante geral da PM, coronel Mário Sergio Duarte, disse que os policiais agiram com coragem, profissionalismo e senso de oportunidade para evitar um morticínio ainda mais grave em Realengo. Para o comandante, o crime ocorrido na escola foi um "massacre inominável", que não pode entrar para a história como mais um dia de fúria e infâmia. Mário Sergio usou uma citação retirada do alcorão para encerrar seu discurso:
- As crianças são ornamento da vida neste mundo - disse ele, acrescentando que o livro sagrado dos muçulmanos não deve ser associado à tragédia ocorrida na Zona Oeste.
O presidente em exercício, Michel Temer, também falou para os policiais. Ele destacou a importância da parceria entre os governos federal, estadual e municipal e elogiou a política de segurança fluminense, com iniciativas como a implantação das unidades de polícia pacificadora (UPP). Para Temer, o massacre foi um ato tresloucado, cometido num momento de desatino:
- Quando se fala em violência e criminalidade no nosso país, sempre se pensa no combate à criminalidade mais rotineira, o assalto à mão armada, o latrocínio, o homicídio. Mas esse fato que ocorreu em Realengo revela uma outra espécie de violência, que é a violência de pessoas que, de repente, se desajustam e cometem desatinos.
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