EDITORIAIS
O Estado reprovado
Mesmo que não existam surpresas nos dados relativos à educação no Rio Grande do Sul, no relatório De Olho nas Metas, é forte o abalo que o estudo provoca na autoestima dos gaúchos. O documento, elaborado pelo movimento Todos pela Educação, apresenta o Estado numa situação lamentável no contexto da já precária educação básica brasileira. O levantamento confirma com números a suspeita de que o Rio Grande vem perdendo posições não só em questões econômicas, mas também no que se refere ao conhecimento. É constrangedora a informação contida no relatório de que o índice de atendimento escolar a crianças de quatro a cinco anos só não é pior do que o registrado em Rondônia. O setor público sonega acolhimento a crianças que, em outras unidades da federação, enfrentam menos dificuldades de acesso à pré-escola.
Fica exposta a face primitiva de um Estado relapso com a educação infantil, com níveis de atendimento, nessa faixa etária, comparáveis aos de nações miseráveis. É mistificadora a alegação de que a educação pré-escolar tem deficiências no Rio Grande por questões culturais. O que ocorre é que há décadas os governos são negligentes, nas esferas estadual e municipal. Esse dado, no entanto, é apenas o mais vexatório no contexto geral. Considerando o contingente de crianças e adolescentes de quatro a 17 anos, que deveriam estar estudando, o relatório denuncia que 226 mil deles não frequentam a escola. São pessoas sumariamente afastadas das possibilidades de ascensão social pela incúria do Estado e dos municípios, com a omissão federal.
Não há como admitir que, num ambiente econômico multiplicador de oportunidades, exatamente o ensino esteja em descompasso com outras áreas. Pelo descaso com a infância, o desafio gaúcho, como comprova o estudo, é maior do que o de outros Estados. Continuar negando atendimento às crianças, sob quaisquer argumentos, é desrespeitar a Constituição, ratificar o atraso e admitir que a educação não se apresenta como prioridade.
Mesmo que não existam surpresas nos dados relativos à educação no Rio Grande do Sul, no relatório De Olho nas Metas, é forte o abalo que o estudo provoca na autoestima dos gaúchos. O documento, elaborado pelo movimento Todos pela Educação, apresenta o Estado numa situação lamentável no contexto da já precária educação básica brasileira. O levantamento confirma com números a suspeita de que o Rio Grande vem perdendo posições não só em questões econômicas, mas também no que se refere ao conhecimento. É constrangedora a informação contida no relatório de que o índice de atendimento escolar a crianças de quatro a cinco anos só não é pior do que o registrado em Rondônia. O setor público sonega acolhimento a crianças que, em outras unidades da federação, enfrentam menos dificuldades de acesso à pré-escola.
Fica exposta a face primitiva de um Estado relapso com a educação infantil, com níveis de atendimento, nessa faixa etária, comparáveis aos de nações miseráveis. É mistificadora a alegação de que a educação pré-escolar tem deficiências no Rio Grande por questões culturais. O que ocorre é que há décadas os governos são negligentes, nas esferas estadual e municipal. Esse dado, no entanto, é apenas o mais vexatório no contexto geral. Considerando o contingente de crianças e adolescentes de quatro a 17 anos, que deveriam estar estudando, o relatório denuncia que 226 mil deles não frequentam a escola. São pessoas sumariamente afastadas das possibilidades de ascensão social pela incúria do Estado e dos municípios, com a omissão federal.
Não há como admitir que, num ambiente econômico multiplicador de oportunidades, exatamente o ensino esteja em descompasso com outras áreas. Pelo descaso com a infância, o desafio gaúcho, como comprova o estudo, é maior do que o de outros Estados. Continuar negando atendimento às crianças, sob quaisquer argumentos, é desrespeitar a Constituição, ratificar o atraso e admitir que a educação não se apresenta como prioridade.
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