EDITORIAIS
As escolas gaúchas dos setores público e privado, em muitos casos, ainda nem conseguiram alcançar um mínimo de eficiência no aprendizado tradicional – o que inclui ler, escrever e fazer cálculos básicos na idade adequada – e já estão diante do desafio de incluir em seus currículos o ensino de linguagem de programação de computadores. Influenciadas por uma campanha lançada nos Estados Unidos, cada vez mais instituições de ensino começam a se voltar para a alfabetização digital, mesmo tendo que vencer deficiências de infraestrutura e a carência de professores especializados. Um ensino que pretenda se manter em sintonia com as exigências do século 21, porém, precisa se preocupar cada vez mais em adequar seu currículo aos desafios que surgem numa velocidade sempre superior à capacidade de adaptação das escolas de maneira geral.
O que importa, no caso, não é se o conhecimento de linguagem de computação, num futuro próximo, será ou não tão importante quanto ler e escrever. Ainda assim, as instituições de ensino precisam estar permanentemente atentas às mudanças impostas pela realidade do mercado, evitando que o ambiente escolar e o externo se mostrem como mundos à parte.
A particularidade de o mercado prever um futuro promissor para os profissionais da área favorece a tendência, que tem outras razões fortes para se consolidar. Entre elas, estão aspectos como o de que a computação favorece o raciocínio e o desempenho em outras disciplinas, além de estimular a criatividade e contribuir inclusive para o aprendizado de outras línguas, particularmente a inglesa.
É importante que esse movimento ainda incipiente não se limite à robótica, por meio da qual os alunos comandam a movimentação de robôs. A iniciativa precisa contemplar a diversidade de linguagens, como forma de assegurar um novo patamar para o ensino, sem prejuízo do enfrentamento de carências que ainda persistem na educação de maneira geral.
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