ZERO HORA 02 de agosto de 2013 | N° 17510
Altemir Tortelli*
Nesta semana, muito se falou sobre educação, após a divulgação do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), no qual o Brasil cresceu 47,5% entre 1991 e 2010. Pensando que esse índice leva em consideração a longevidade, educação e renda dos brasileiros, é impossível projetar qualquer desenvolvimento maior sem levarmos em consideração o papel da produção, da agricultura e da educação no campo e com isso alavancarmos a evolução desses três critérios. Se conseguirmos a permanência dos jovens no meio rural, evitaremos um dos males da sociedade, que é o êxodo rural, o risco da segurança alimentar e o aumento dos bolsões de miséria nas grandes metrópoles.
Nessa perspectiva, criamos uma lei, aprovada e sancionada nesta semana pelo governador Tarso Genro, que cria uma Política de Educação para o Campo. A lei trata de um conjunto de ações públicas para estimular o estudante a escolher o campo para viver e a agricultura como profissão. Nesse método, os alunos passam por períodos de formação nas escolas, alternados com períodos de trabalho em sua propriedade, chamado Pedagogia da Alternância. Essa metodologia acaba transformando tanto os jovens quanto as famílias em protagonistas, mostrando que um processo de educação não está somente jogado para a escola.
Estudos apontam que 80% dos alunos que passam por esse tipo de formação continuam no campo, evitando assim o êxodo rural e contribuindo com o futuro da agricultura familiar e a produção de alimentos. Atualmente, a falta de um modelo específico de educação para o meio rural capaz de qualificar o jovem cria uma lacuna que gradualmente afasta os jovens do campo.
O conteúdo oferecido na maioria das escolas do meio rural não são condizentes com a realidade do século 21, nem mesmo com a cultura da agricultura familiar contemporânea. O Estado precisa ofertar instrumentos para os jovens, trabalhando esse tema de maneira estratégica e esse projeto indutor de uma nova filosofia, sintonizada com os anseios, perspectivas e desafios do jovem do meio rural. A juventude só vai embora do campo por não achá-lo atraente e por acreditar que o mesmo não oferece boas oportunidades, nem estrutura de educação, consequência da carência de políticas públicas voltadas especificamente para esse grupo.
Tenho certeza de que com investimento robusto na educação no campo, em 10 anos, o IDHM da maioria dos municípios gaúchos evoluirá muito, visto que mais de 300 municípios têm suas economias eminentemente agrícolas.
Nesta semana, muito se falou sobre educação, após a divulgação do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), no qual o Brasil cresceu 47,5% entre 1991 e 2010. Pensando que esse índice leva em consideração a longevidade, educação e renda dos brasileiros, é impossível projetar qualquer desenvolvimento maior sem levarmos em consideração o papel da produção, da agricultura e da educação no campo e com isso alavancarmos a evolução desses três critérios. Se conseguirmos a permanência dos jovens no meio rural, evitaremos um dos males da sociedade, que é o êxodo rural, o risco da segurança alimentar e o aumento dos bolsões de miséria nas grandes metrópoles.
Nessa perspectiva, criamos uma lei, aprovada e sancionada nesta semana pelo governador Tarso Genro, que cria uma Política de Educação para o Campo. A lei trata de um conjunto de ações públicas para estimular o estudante a escolher o campo para viver e a agricultura como profissão. Nesse método, os alunos passam por períodos de formação nas escolas, alternados com períodos de trabalho em sua propriedade, chamado Pedagogia da Alternância. Essa metodologia acaba transformando tanto os jovens quanto as famílias em protagonistas, mostrando que um processo de educação não está somente jogado para a escola.
Estudos apontam que 80% dos alunos que passam por esse tipo de formação continuam no campo, evitando assim o êxodo rural e contribuindo com o futuro da agricultura familiar e a produção de alimentos. Atualmente, a falta de um modelo específico de educação para o meio rural capaz de qualificar o jovem cria uma lacuna que gradualmente afasta os jovens do campo.
O conteúdo oferecido na maioria das escolas do meio rural não são condizentes com a realidade do século 21, nem mesmo com a cultura da agricultura familiar contemporânea. O Estado precisa ofertar instrumentos para os jovens, trabalhando esse tema de maneira estratégica e esse projeto indutor de uma nova filosofia, sintonizada com os anseios, perspectivas e desafios do jovem do meio rural. A juventude só vai embora do campo por não achá-lo atraente e por acreditar que o mesmo não oferece boas oportunidades, nem estrutura de educação, consequência da carência de políticas públicas voltadas especificamente para esse grupo.
Tenho certeza de que com investimento robusto na educação no campo, em 10 anos, o IDHM da maioria dos municípios gaúchos evoluirá muito, visto que mais de 300 municípios têm suas economias eminentemente agrícolas.
*AGRICULTOR E DEPUTADO ESTADUAL (PT)
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