NAS RUAS. Atos na Capital pedem melhorias na educação
Grupo protestou contra o Ensino Médio Politécnico e o piso de professores
Dois protestos realizados ontem em Porto Alegre pediram melhorias no sistema educacional gaúcho. Pela manhã, os manifestantes partiram em caminhada até o Palácio Piratini e depois seguiram para a prefeitura. À tarde, o grupo se reuniu em frente ao Colégio Protásio Alves, na Avenida Ipiranga.
Comandado pelo Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers/Sindicato) e pelo Bloco de Luta, o protesto ocorrido pela manhã partiu do Colégio Júlio de Castilhos e tomou ruas do Centro. Em frente ao Palácio Piratini, pedindo melhorias na educação e passe livre para estudantes, os líderes tentaram, sem sucesso, uma audiência com o governador Tarso Genro. A manifestação prosseguiu, com os discursos de representantes da marcha. O ato chegou a provocar transtornos no trânsito.
Em torno das 12h30min, os manifestantes começaram a se deslocar em direção à prefeitura. No Paço Municipal, cobraram o encaminhamento da proposta de passe livre para votação na Câmara de Vereadores.
À tarde, em frente ao Colégio Protásio Alves, na Ipiranga, os manifestantes demonstraram – com cartazes e gritos de guerra – sua insatisfação com o Ensino Médio Politécnico, com o piso salarial dos professores e com o valor das passagens de ônibus. O grupo fechou a Ipiranga e permaneceu alguns minutos em frente ao prédio de Zero Hora.
– Temos aula sobre Copa do Mundo em vez de matérias importantes. Não sei como vou conseguir fazer o Exame Nacional do Ensino Médio nessas condições – lamentou a aluna do primeiro ano Tamires Garcia, 16 anos.
A professora Kátia Martini diz que a situação das escolas estaduais é “cruel”.
– O pior é ver a estrutura onde eles (alunos) estudam – reclama Kátia.
NA RUA DE CANOAS, ESTUDANTES DANÇAM PELA EDUCAÇÃO PÚBLICA
Cerca de 2 mil crianças e jovens do Ensino Fundamental da rede pública “acordaram” Canoas na segunda-feira passada. Estudantes de sete a 14 anos realizaram um espetáculo artístico urbano em prol da educação na cidade.
– Celebramos com música, canto e dança as boas práticas das escolas públicas. Foi uma ação de exercício de cidadania por meio da arte e da educação – destacou Rubiélson Medeiros, fundador da ONG Canta Brasil, uma das instituições idealizadoras da ação.
Batizada de Canoas Cidade do Mundo, a intervenção artística teve duração de oito minutos e estava sendo ensaiada desde abril. Contou com a participação de 42 escolas públicas. A ação, com jeito de flash mob, teve letra e música próprias.
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