EDUCAÇÃO MULTIDISCIPLINAR

Defendemos uma política educacional multidisciplinar integrando os conhecimentos científico, artístico, desportivo e técnico-profissional, capaz de identificar habilidade, talento, potencial e vocação. A Educação é uma bússola que orienta o caminho, minimiza dúvidas, reduz preocupações e fortalece a capacidade de conquistar oportunidades e autonomia, exercer cidadania e civismo e propiciar convivência social com qualidade, dignidade e segurança. O sucesso depende da autoridade da direção, do valor dado ao professor, do comprometimento da comunidade escolar e das condições oferecidas pelos gestores.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

BULLYING E ASSÉDIO MORAL

LEONARDO FLORIANI THIEVES, ADVOGADO, PRESIDENTE DO CONSELHO ESTADUAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - DIÁRIO CATARINENSE, 03/10/2011

O bullying é uma situação de agressão física e/ou psicológica com características próprias, que acontece entre pares. Pode ocorrer entre alunos, entre professores, entre funcionários, não importa a idade. Não existe uma relação hierárquica nesta relação, pois os envolvidos são do mesmo grupo. O que existe é uma relação de força maior, por isso um agride e o outro não reage.

Já no assédio moral a agressão, quase sempre verbal, psicológica, moral, acontece entre pessoas de hierarquias diferentes. Ou seja, do professor para o aluno, do chefe para seus subordinados. Nesta relação entre desiguais, um agride e o outro não reage justamente por causa da sua relação hierárquica inferior.

Muitas crianças vítimas de bullying desenvolvem medo, pânico, depressão, distúrbios psicossomáticos e evitam retornar à escola. A fobia escolar geralmente tem como causa algum tipo de violência psicológica. Segundo Aramis Lopes Neto, coordenador do programa de bullying da Associação Brasileira de Pais, Infância e Adolescência, a maioria dos casos de bullying ocorre no interior das salas de aula, sem o conhecimento do professor. Também faz parte dessa violência impor à vítima o silêncio, isto é, ela não pode denunciar à direção da escola nem aos pais.

Para evitar isso, pais devem acompanhar seus filhos regularmente à escola, procurar conhecer seus colegas, conversar diariamente com ele questionando como foi o dia escolar, bem como perguntando sobre brincadeiras e tarefas. Vale complementar que além de ficarem atentos aos colegas de seus filhos, os pais deverão também prestar atenção aos professores, pois a criança, jovem ou adolescente poderá ser alvo do assédio moral feito pelos próprios educadores que deveriam repudiar tal conduta e acabam, infelizmente, praticando-a.

Um comentário:

  1. Muito bem colocado o artigo, cabe aos pais acompanharem o desenvolvimento dos seus filhos junto as escolas, bem como zelar pelas amizades. Só assim, com a união da família é que a situação nas escolas poderá melhor!! Torço para que o poder público faça campanhas relacionada ao tema para esclarecer melhor a população, a fim de que esse mal tão sério e com consequências danosas para as crianças, jovens e adolescentes possa acabar! Joici

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