EDUCAÇÃO MULTIDISCIPLINAR

Defendemos uma política educacional multidisciplinar integrando os conhecimentos científico, artístico, desportivo e técnico-profissional, capaz de identificar habilidade, talento, potencial e vocação. A Educação é uma bússola que orienta o caminho, minimiza dúvidas, reduz preocupações e fortalece a capacidade de conquistar oportunidades e autonomia, exercer cidadania e civismo e propiciar convivência social com qualidade, dignidade e segurança. O sucesso depende da autoridade da direção, do valor dado ao professor, do comprometimento da comunidade escolar e das condições oferecidas pelos gestores.

sábado, 12 de março de 2011

NO RS, GOVERNO E PROFESSORES SEPARADOS POR UM FOSSO

PÁGINA 10 | ROSANE DE OLIVEIRA - Separados por um fosso - ZERO HORA 11/03/2011

É abissal a distância que separa as reivindicações do Cpers do que o governo considera possível pagar neste primeiro ano. A reunião do conselho geral da entidade, ontem, aprovou uma resolução que dá ideia da dificuldade de entendimento em relação ao piso salarial nacional. Por conta do discurso do PT nos últimos anos e das declarações de Tarso Genro na campanha, criou-se entre os professores a expectativa de que sua chegada ao poder significaria o pagamento do piso nacional.

Pelo conceito do sindicato, reafirmado ontem na reunião, piso é o salário básico do plano de carreira, sobre o qual incidem os adicionais de tempo de serviço e outras gratificações. Hoje, o Estado paga um básico de R$ 356,62 para 20 horas de trabalho, quando o piso nacional definido em portaria do MEC é de R$ 593,54 (por 40 horas, chega a R$ 1.187). A incidência das vantagens sobre o básico teria um impacto superior a R$ 2 bilhões por ano na folha de pagamento do magistério.

No governo, chegou a ser discutida a possibilidade de pagamento de um abono, mas a tese perdeu força porque seria uma proposta menos palatável do que a apresentada pelo governo Yeda Crusius e bombardeada pelo Cpers. Tarso vem dizendo que seu compromisso é pagar o piso nacional até o final do mandato.

A presidente do Cpers, Rejane de Oliveira, tem outra interpretação para a promessa feita pelo então candidato.

– O governador nunca nos disse que o piso não seria para agora. Que fique bem claro isso. Agora, se o governo não vai atender isso, que faça uma contraproposta – disse Rejane, à repórter Vivian Eichler.

Essa contraproposta, que será apresentada ao Cpers no final da tarde de quarta-feira, será avaliada na assembleia geral marcada para o dia 8 de abril. A direção do Cpers já avisou ao governo de que não aceita qualquer iniciativa que retire direitos dos trabalhadores. Essa restrição inclui a reforma da previdência e alteração da lei das RPVs. O governo pretende reduzir o valor que se enquadra como RPV, hoje de 40 salários mínimos, para não ter de desembolsar R$ 800 milhões até o final do ano.

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