EDUCAÇÃO MULTIDISCIPLINAR

Defendemos uma política educacional multidisciplinar integrando os conhecimentos científico, artístico, desportivo e técnico-profissional, capaz de identificar habilidade, talento, potencial e vocação. A Educação é uma bússola que orienta o caminho, minimiza dúvidas, reduz preocupações e fortalece a capacidade de conquistar oportunidades e autonomia, exercer cidadania e civismo e propiciar convivência social com qualidade, dignidade e segurança. O sucesso depende da autoridade da direção, do valor dado ao professor, do comprometimento da comunidade escolar e das condições oferecidas pelos gestores.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

DEFESA DA PÁTRIA






Porto Alegre, Sexta-feira, 27 de Julho de 2012.

WANDERLEY SOARES, O SUL


Aprendemos a defender a pátria a partir da vida familiar, aprendemos a defender a pátria nos bancos escolares, nas bibliotecas, em debates na vida acadêmica, sem a necessidade de armas de fogo nem de farda.

Nos meus tempos de menino e até chegar próximo da adolescência lembro que ocupava toda a extensão do muro do 18 Regimento de Infantaria, unidade do Exército instalada no Partenon, onde hoje estão edificações da PUC, a inscrição "Aqui aprendemos a defender a pátria". Isso muito antes da ditadura militar. Bonita a frase, não obstante equivocada. 

Aprendemos a defender a pátria a partir da vida familiar, aprendemos a defender a pátria nos bancos escolares, nas bibliotecas, em debates na vida acadêmica, sem a necessidade de armas de fogo nem de farda. E se não é assim, pelo menos assim deveria ser.

 O serviço militar é apenas uma parte desse aprendizado e há milhões de brasileiros que nunca necessitaram dessa cultura para defender princípios cívicos. 

Pois o simpático e jovial comandante do CPC (Comando de Policiamento da Capital), coronel Alfeu Freitas Moreira, pretende que seus comandados entrem nas escolas para contar aos alunos que os heróis são os policiais militares e não os bandidos. Como era bela a frase no muro do 18 RI, também bela é a intenção do coronel Freitas. No entanto, sigam-me.

Segundo as discussões que ocorrem entre os conselheiros de minha torre, em se tratando de escolas, se tivéssemos que heroificar uma categoria profissional esta seria a do magistério que, desarmada, é constantemente acossada por traficantes, por pais despreparados para serem pais e por alunos que chegam a formar quadrilhas contra os professores e os verdadeiros estudantes. Nessa esteira, teríamos de heroificar todos os demais trabalhadores, todo o cidadão de bem. Em verdade, diante do quadro de violência e de criminalidade que assola nosso cotidiano.

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