EDITORIAL
Não obstante ter se verificado uma expansão do número de acessos ao sistema escolar nos últimos anos, isso não resultou ainda numa melhoria qualitativa em relação à alfabetização e ao domínio de habilidades necessárias para ser denominado um alfabetizado pleno. De acordo com um levantamento realizado pelo Instituto Paulo Montenegro e pela organização não governamental Ação Educativa, que resultou no Indicador do Alfabetismo Funcional (Inaf), menos de 30% dos brasileiros podem ser considerados como alfabetizados na acepção plena da palavra. A pesquisa aferiu por meio de entrevistas a capacidade de leitura e compreensão de textos, bem como algumas operações de raciocínio lógico. Os percentuais finais indicaram quatro grupos, de acordo com o desempenho em relação às atividades propostas: analfabetos, alfabetizados em nível rudimentar, alfabetizados em nível básico e plenamente alfabetizados.
O cotejo de números mostra que o índice de 26% de alfabetizados plenos corresponde exatamente ao verificado em 2001, indicando que não houve uma evolução real. Os analfabetos funcionais representam 27% do total e a faixa intermediária apresenta uma alfabetização básica. Também se pode constatar que há uma relação direta entre renda das famílias e capacidade de cognição de textos e dados. Na faixa de rendimentos superior a cinco salários mínimos, 52% podem ser tidos como plenamente alfabetizados. Todavia, na faixa de ganhos que vão até um salário mínimo, esse percentual despenca para 8%.
Esse trabalho do Inaf, que teve como público-alvo 2 mil pessoas, de 15 a 64 anos, em todas as regiões brasileiras, precisa ser esmiuçado pelos gestores do sistema educacional. Certamente nele haverá subsídios importantes para melhorar de fato o ensino prestado pela rede escolar de todo o país.
Não obstante ter se verificado uma expansão do número de acessos ao sistema escolar nos últimos anos, isso não resultou ainda numa melhoria qualitativa em relação à alfabetização e ao domínio de habilidades necessárias para ser denominado um alfabetizado pleno. De acordo com um levantamento realizado pelo Instituto Paulo Montenegro e pela organização não governamental Ação Educativa, que resultou no Indicador do Alfabetismo Funcional (Inaf), menos de 30% dos brasileiros podem ser considerados como alfabetizados na acepção plena da palavra. A pesquisa aferiu por meio de entrevistas a capacidade de leitura e compreensão de textos, bem como algumas operações de raciocínio lógico. Os percentuais finais indicaram quatro grupos, de acordo com o desempenho em relação às atividades propostas: analfabetos, alfabetizados em nível rudimentar, alfabetizados em nível básico e plenamente alfabetizados.
O cotejo de números mostra que o índice de 26% de alfabetizados plenos corresponde exatamente ao verificado em 2001, indicando que não houve uma evolução real. Os analfabetos funcionais representam 27% do total e a faixa intermediária apresenta uma alfabetização básica. Também se pode constatar que há uma relação direta entre renda das famílias e capacidade de cognição de textos e dados. Na faixa de rendimentos superior a cinco salários mínimos, 52% podem ser tidos como plenamente alfabetizados. Todavia, na faixa de ganhos que vão até um salário mínimo, esse percentual despenca para 8%.
Esse trabalho do Inaf, que teve como público-alvo 2 mil pessoas, de 15 a 64 anos, em todas as regiões brasileiras, precisa ser esmiuçado pelos gestores do sistema educacional. Certamente nele haverá subsídios importantes para melhorar de fato o ensino prestado pela rede escolar de todo o país.
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