VIOLÊNCIA NA ESCOLA. Família reage a bullying e espanca alunas e professora. Perseguições a garota de 12 anos teriam motivado agressões em Pelotas
JOICE BACELO | PELOTAS/CASA ZERO HORA
JOICE BACELO | PELOTAS/CASA ZERO HORA
Um suposto caso de bullying foi parar na polícia em uma escola de Pelotas, no sul do Estado. Com o argumento de que a filha de 12 anos vinha sendo espancada, a mãe e dois irmãos da adolescente invadiram o Colégio Estadual Dom João Braga e agrediram duas alunas – uma de 12 e outra de 14 anos – e uma professora de Educação Física.
Agarota de 12 anos teria sido atacada pelo pescoço, e a de 14 teve quatro dedos quebrados. A professora foi atingida com socos nos braços. Na versão de uma irmã da garota que estaria sofrendo bullying, há pelo menos três meses ela se queixava de maus-tratos, que seriam cometidos por um grupo de colegas. A adolescente estuda na 6ª série e frequenta a escola desde o início do ano. Só neste semestre, a mãe teria procurado a direção cinco vezes – o que é negado pela instituição. A família atribui as supostas agressões ao tipo físico da garota, que está acima do peso e usa óculos.
– A minha irmã é cega de um olho e tem miopia no outro, por isso usa óculos do tipo fundo de garrafa. Começou como chacota e acabou em agressão física. Um dia antes de irmos até a escola, ela havia sido espancada – conta a irmã mais velha.
Com aulas suspensas ontem, colégio entra em férias hoje
A escola e as duas estudantes agredidas, entretanto, negam as acusações de bullying. A diretora Laura Machado diz que não foi procurada pela família e que foram analisadas as imagens das câmeras de segurança, que não teriam revelado nenhum tipo de agressão entre as colegas. O caso foi encaminhado para a assessoria jurídica da 5ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) e está sendo investigado pela Polícia Civil.
– Desnorteou as atividades na escola. Uma das meninas agredidas está com quatro dedos quebrados, a outra foi pega pelo pescoço e prensada contra a parede. A professora, ao tentar separar, levou socos no braço. Sem contar o tumulto que causou entre os mais de 300 alunos do turno da tarde. Essa mãe ameaçou voltar e matar todo mundo, o que é ainda pior – diz a diretora do colégio Dom João Braga.
A mãe da garota de 14 anos envolvida na briga afirma que a filha não agrediu a colega:
– Acho um absurdo o que aconteceu. Porque duas crianças discutem em um dia e estão de mãos dadas no outro.
Ontem, as aulas foram suspensas e, a partir de hoje, os estudantes entram em férias. A família da adolescente que estaria sofrendo bullying diz que só voltará à escola para pegar o histórico, necessário para a transferência As duas partes afirmam que darão início a uma ação judicial.
A menina tinha 12 anos e não 14. Mas ouvi que quando esta mãe chegou a escola para buscá-la junto com os seus outros 2 filhos, 2 meninos seguravam a menina para as outras 2 meninas baterem. A mãe e os irmãos viram. Alguém os colocou para dentro da escola. Agora me diz qual seria a reação dessa mãe? Não justificando o seu ato. Mas depois de tantas vezes que esta mãe foi à escola, por que não foi solucionada a situação? Teria então que chegar neste extremo?
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