ESCOLAS PÚBLICAS
Mesmo com diversos engenheiros no quadro de professores, a Escola Técnica Parobé, na Capital, não escapou dos dissabores de obras malfeitas. A reforma de um pavilhão para a construção de 16 salas é um exemplo de projeto que virou frustração.
– Algumas salas são insalubres – diz a diretora Carmen Angela Straliotto de Andrade.
Apesar de ter menos de dois anos de uso, multiplicam-se as rachaduras. Quando chove, verte água pelas paredes. Com a umidade, a pintura cai e o mofo toma conta até do piso. Uma das salas, a 407, inunda.
No prédio principal, o serviço de pintura, feito no ano passado, acabou em prejuízo para a escola e para os alunos. A empresa que foi executar o serviço arrancou parte do telhado para prender os cabos que sustentavam os andaimes e não fez o reparo após finalizar o trabalho. Como resultado, entre o final de setembro e dezembro de 2013 parte do prédio inundava cada vez que chovia.
Devido à invasão da água, os laboratórios de química e física foram interditados e os alunos deixaram de ter aula práticas durante todo o último trimestre. Equipamentos de informática, TVs e splits for foram salvos pela agilidade de professores e funcionários, que demoraram a perceber a origem das inundações. O resultado é que a própria escola teve de desembolsar R$ 10 mil para o conserto.
FICHA TÉCNICA
Escola Técnica Estadual Parobé
- Alunos: 4 mil
- A primeira obra: duplicação de pavilhão para construção de 16 novas salas
- Tempo de serviço: durante 2011
- Custo: cerca de R$ 497 mil
- Empresa: Minussi e Zanini Construtora Ltda
- A segunda obra: pintura, muramento lateral, drenagem de parte do pátio e reforma de auditório
- Tempo de serviço: começou em 2012 e prossegue
- Custo: R$ 480 mil
- Empresa: Construtora Odaq
CONTRAPONTOS
O que diz a Construtora Minussi e Zanini - Sócio da construtora, Carlos Minussi afirma que, como a obra está sob garantia de cinco anos, basta a empresa ser notificada para realizar reparos na estrutura do prédio. Segundo ele, a companhia já realizou consertos, mas o problema das infiltrações estaria no telhado antigo do pavilhão que não foi feito pela construtora.
O que diz a Construtora Odaq - ZH não conseguiu contato. A reportagem foi na sexta ao endereço da construtora, mas ninguém foi encontrado.
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