EDUCAÇÃO MULTIDISCIPLINAR

Defendemos uma política educacional multidisciplinar integrando os conhecimentos científico, artístico, desportivo e técnico-profissional, capaz de identificar habilidade, talento, potencial e vocação. A Educação é uma bússola que orienta o caminho, minimiza dúvidas, reduz preocupações e fortalece a capacidade de conquistar oportunidades e autonomia, exercer cidadania e civismo e propiciar convivência social com qualidade, dignidade e segurança. O sucesso depende da autoridade da direção, do valor dado ao professor, do comprometimento da comunidade escolar e das condições oferecidas pelos gestores.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

ONDE AS REFORMAS PRECISAM DE REFORMAS


ZERO HORA 20 de janeiro de 2014 | N° 17679

CAIO CIGANA E MARCELO GONZATTO


ESCOLAS PÚBLICAS


À luz das revelações da Operação Kilowatt – deflagrada pela Polícia Civil a partir de investigações sobre fraudes em contratos públicos, incluindo obras em duas escolas, em Porto Alegre e São Leopoldo –, começam a surgir queixas sobre possíveis irregularidades e serviço malfeito em projetos de reforma em instituições estaduais de ensino.

Na semana passada, em entrevista a ZH, o secretário da Educação, José Clovis de Azevedo, qualificou como “muito sérias” as irregularidades e confirmou haver pelo menos 20 escolas com algum tipo de problema. ZH teve acesso aos nomes de 11 colégios nos quais a execução dos contratos teria provocado dúvidas. Quatro aceitaram mostrar as falhas deixadas pelos prestadores de serviços contratados pela Secretaria de Obras.

Entre as escolas restantes, duas se recusaram a receber ZH, três disseram que o resultado ficou satisfatório mesmo após uma série de transtornos (e apesar de não terem a informação sobre a parte financeira), uma alegou que o trabalho está em andamento e a última – referida pelo próprio secretário como um local que passou a chover mais dentro após a reforma – afirmou ter recebido a promessa de que os problemas serão corrigidos.

Nos colégios em que os diretores confirmaram um resultado final das obras aquém do esperado e concordaram em mostrar os problemas, há reclamações sobre desleixo na execução, material de baixa qualidade e até falhas que levaram à construção de obras desnecessárias, como uma central de gás em um local que já contava com o equipamento.

– O documento que temos diz: “Todos os materiais deverão ser de primeira qualidade”. Mas aí a realidade é bem diferente. Dá uma tristeza na gente – lamenta a diretora Patrícia Costa Emerim, referindo-se ao piso colocado na reforma do colégio Dr. Heróphilo.

Além do dano ao erário, o descontrole se reflete na qualidade da aprendizagem oferecida aos alunos, como no caso da Escola Técnica Estadual Parobé, na Capital, onde laboratórios tiveram de ser interditados. A direção do colégio preparou um dossiê e promete enviá-lo às secretarias de Obras e Educação para analisar a possibilidade de o prejuízo ser cobrado da empresa.

A Seduc está fazendo um levantamento nos colégios com problemas. Já a pasta de Obras afirma que espera as conclusões de uma comissão de sindicância para se pronunciar. O trabalho deve ser finalizado em breve.



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