Como se sabe, não é fácil para os jovens
escolherem a área em que vão atuar de forma definitiva. Muitos padecem
de forte indecisão na hora de escolher um curso técnico ou superior para
firmar sua profissão. Em muitos casos, acabam cursando vários semestres
de uma determinada faculdade para somente depois darem-se conta de que
ela não atinge suas expectativas, despendendo tempo e recursos e tendo
que empreender nova escolha.
Diante de necessidade de subsidiar os jovens na opção profissional, além de lhes garantir uma remuneração pelo trabalho prestado, algumas alternativas são disponibilizadas, como na aprendizagem e no estágio. No primeiro caso, o aprendiz está inserido numa relação de trabalho, com o objetivo de prepará-lo para assumir uma vaga em definitivo no futuro. Já o estagiário desenvolve habilidades profissionais relacionadas com o curso formal ao qual está vinculado. Em geral, trata-se de adolescentes que irão trilhar os primeiros passos na busca por uma colocação no mercado de trabalho. Um dos óbices para que o jovem consiga um bom emprego está na falta de experiência. Pois é justamente essa lacuna que programas de estágio e de aprendizagem podem suprir. Com esse objetivo e com excelentes resultados, o Serviço Nacional do Comércio do Rio Grande do Sul (Senac-RS) criou o Programa Jovem Aprendiz, que já qualificou milhares de alunos, abrindo para eles as portas das empresas dos ramos de comércio, de serviços e de turismo. Cada vez mais os empreendedores apostam nesses convênios como forma de receber uma força de trabalho com ânimo novo e vontade de progredir. O Brasil vive hoje um momento propício para a expansão do emprego e da renda. Para isso, é preciso que sua mão de obra, desde cedo, receba a orientação adequada para se desenvolver plenamente. Programas de capacitação são muito necessários nesse contexto, pois são decisivos para formar um trabalhador competente e produtivo.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Se os jovens tivessem um ensino eficiente que oportunizasse os meios de identificar o potencial e o talento de cada um para um futuro de autonomia financeira e sobrevivência em sociedade, o pontapé inicial no mundo do trabalho não seria dificuldade como é hoje. Infelizmente, a educação brasileira é voltado ao ensino científico de forma impessoal, desprezando a pessoa do aluno, seu futuro no mercado de trabalho, seus talentos e seu potencial diante de uma gama de profissões. Por este motivo defendemos neste blog o ensino multifuncional (ou multidisciplinar) onde o aluno recebe o conhecimento científico numa parte do dia e na outra parte ele escolhe uma atividade extraclasse artística, desportiva e técnica para desenvolver suas habilidades num talento já identificado por forma científicas ou por escolha própria. A medida que passa o tempo, ele pode ser firmar numa ou outra atividade até escolher a profissão. Hoje, os jovens saem sem rumo, frustrados, desorientados e estressados, mudando a toda hora de faculdades e profissões, sem se interessar por nenhuma, podendo levá-los ao vício e até ao suicídio se não tiverem apoio familiar.
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Este blog mostrará as deficiências, o sucateamento, o descaso, a indisciplina, a ausência de autoridade, os baixos salários, o bullying, a insegurança e a violência que contaminam o ensino, a educação, a cultura, o civismo, a cidadania, a formação, a profissionalização e o futuro do jovem brasileiro.
EDUCAÇÃO MULTIDISCIPLINAR
Defendemos uma política educacional multidisciplinar integrando os conhecimentos científico, artístico, desportivo e técnico-profissional, capaz de identificar habilidade, talento, potencial e vocação. A Educação é uma bússola que orienta o caminho, minimiza dúvidas, reduz preocupações e fortalece a capacidade de conquistar oportunidades e autonomia, exercer cidadania e civismo e propiciar convivência social com qualidade, dignidade e segurança. O sucesso depende da autoridade da direção, do valor dado ao professor, do comprometimento da comunidade escolar e das condições oferecidas pelos gestores.
terça-feira, 22 de maio de 2012
O PONTAPÉ INICIAL NO MUNDO DO TRABALHO
EDITORIAL CORREIO DO POVO, 22 DE MAIO DE 2012
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