Jocelin Azambuja - Advogado, conselheiro da ACPM-Federação
Senão, vejamos: A reforma do Ensino Médio busca a ampliação da carga horária por meio da realização de atividades também no turno inverso, pelo menos uma vez por semana, ou seja, o estudante da manhã terá que fazer atividade à tarde e o da tarde pela manhã. Os estudantes do primeiro ano já estão obrigados a cumprir esse novo calendário. Só que a par de fazer com que os estudantes permaneçam mais tempo na escola, o que é positivo, esqueceu a SE que grande parte dos alunos do Ensino Médio realizam estágios profissionais ou são jovens aprendizes, no turno inverso às aulas.
Quem vai querer colocar em sua empresa um estagiário ou jovem aprendiz que um dia por semana não poderá trabalhar? E os jovens que fazem no turno inverso cursos de Aprendizagem Comercial no Senac, Senai e Senat, como poderão concluí-los sem assistir às aulas?
Hoje, as escolas estão ludibriando a lei, por não entender como cumpri-la, permitindo que esses alunos que estagiam não façam as aulas. Em um País no qual a maior parte dos jovens precisa trabalhar, para sobreviver ou ajudar suas famílias, este não será mais um motivo de abandono do Ensino Médio? Não podemos esquecer que o secretário Jose Clovis e seu grupo têm se notabilizado por implantar a “manu militari” novos projetos educacionais, como o fez em Porto Alegre, em 1995/96, quando era secretário, impondo o ensino por ciclos, cujos resultados são questionados até hoje. Até quando a nossa sociedade permitirá que se brinque com a educação? Você já se perguntou por que nossos níveis de educação são tão baixos?
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