EDUCAÇÃO MULTIDISCIPLINAR

Defendemos uma política educacional multidisciplinar integrando os conhecimentos científico, artístico, desportivo e técnico-profissional, capaz de identificar habilidade, talento, potencial e vocação. A Educação é uma bússola que orienta o caminho, minimiza dúvidas, reduz preocupações e fortalece a capacidade de conquistar oportunidades e autonomia, exercer cidadania e civismo e propiciar convivência social com qualidade, dignidade e segurança. O sucesso depende da autoridade da direção, do valor dado ao professor, do comprometimento da comunidade escolar e das condições oferecidas pelos gestores.

sábado, 28 de dezembro de 2013

COMO DESATAR OS NÓS DA EDUCAÇÃO

ZERO HORA 28 de dezembro de 2013 | N° 17657


LETÍCIA DUARTE


LIÇÕES DA TURMA 11F


A partir da reportagem Lições da Turma 11F, publicada domingo, revelando o cotidiano de uma sala de aula em uma das mais tradicionais escolas públicas no Estado, especialistas apresentam a seguir estratégias para enfrentar cinco imbróglios da educação gaúcha.

Enquanto a Secretaria da Educação considera um caso isolado o retrato descrito na reportagem Lições da Turma 11F, pesquisadores e leitores que vivenciam situações semelhantes em outras instituições do Estado identificam desafios comuns a serem superados para melhorar a qualidade do ensino gaúcho.

Cinco especialistas em educação concordam que são necessárias medidas de longo prazo, com aumento no investimento em formação de professores e uma profunda revisão no modelo educativo, para que a escola volte a fazer sentido para os estudantes.

Fruto do acompanhamento de uma turma de 1º ano do Ensino Médio no Colégio Julio de Castilhos durante o ano letivo, a reportagem narrou questões como a recorrente falta de professores e as controvérsias que envolvem a implantação do Ensino Médio Politécnico, criticado por boa parte dos docentes como uma manobra do governo para facilitar a aprovação, maquiando índices de evasão e repetência.

Apesar de admitir que existem outros focos de resistência à reforma, o secretário da Educação, Jose Clovis de Azevedo, negou que o cenário descrito na publicação reflita a situação de toda a rede estadual. Sustentando que os problemas seriam específicos do Julinho, devido à “má gestão”, determinou a abertura de uma sindicância na escola para apurar irregularidades.

O sindicato dos professores reagiu, oferecendo assessoria jurídica à escola.

– Não vamos admitir que o governo jogue sobre os ombros dos trabalhadores sua incompetência e a falta de priorização da educação. Essa escola é o reflexo do que acontece em todas as escolas – afirmou a presidente do Cpers, Rejane de Oliveira.




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