ZERO HORA 01 de outubro de 2012 | N° 17209
EDITORIAL
Uma
mudança no comportamento dos pais, consolidada nas últimas décadas, vem
interferindo diretamente nos resultados da educação de crianças e
adolescentes. É o enfraquecimento da figura da mãe também como
educadora, o que acabou sobrecarregando a escola com uma
responsabilidade historicamente compartilhada. O fenômeno, provocado
pela participação cada vez mais intensa das mães no mercado de trabalho,
não é, no entanto, o único a comprometer a educação como atribuição da
escola e da família. Há um distanciamento generalizado entre família e
escola, determinado por omissões que podem ser medidas de várias formas.
Uma pesquisa do Ibope, por exemplo, revela que apenas 7% da população
brasileira considera que a educação também é uma responsabilidade dos
pais.
O que aparece na pesquisa e em outras manifestações, de forma nem sempre explícita, como revelou reportagem publicada ontem por Zero Hora, é a confusão sempre presente entre a educação formal e a educação em seu sentido mais amplo. Mudar esse quadro não significa cobrar apenas das mães, envolvidas cada vez mais em tarefas fora de casa, uma participação ativa na vida escolar dos filhos. Significa chamar também o pai, os cuidadores, enfim, todas as pessoas que têm a obrigação de proteger suas crianças e seus adolescentes, para que sejam efetivos no envolvimento com professores e com o ambiente escolar.
A necessidade da aproximação dos pais do processo educacional é o foco da terceira das seis interrogações apresentadas pela campanha da RBS A Educação Precisa de Respostas. Por que é importante os pais participarem da vida escolar dos seus filhos? Algumas conclusões, como as apresentadas por ZH em sua edição dominical, podem parecer elementares. Pais participativos sabem que seus filhos terão melhor desempenho, desde a escola infantil. O que se apresenta como óbvio, no entanto, não vem sendo traduzido em atitudes, como comprova a realidade do ensino brasileiro. Infelizmente, não são maioria os pais que participam das lições que os filhos levam para casa, que incentivam a leitura, elogiam seus esforços, apontam e ajudam a corrigir erros e, o que mais importa, inspiram a convicção de que estudar não é um sacrifício. Ainda são minoritários os pais que contagiam os filhos com a certeza de que têm responsabilidades complementares na educação formal.
Não se espere que as respostas a essa terceira pergunta, que vão inspirar outras reportagens durante as próximas duas semanas em ZH, sejam originais ou espetaculares. As melhores respostas são as cotidianas, de quem não se contenta em transferir aos governos, às escolas e aos professores todas as culpas pelas insuficiências da educação. Pais precisam passar, pelo exemplo, a convicção de que suas atitudes são coerentes com o que pregam, ou não terão autoridade para exigir um melhor ensino para seus filhos.
O que aparece na pesquisa e em outras manifestações, de forma nem sempre explícita, como revelou reportagem publicada ontem por Zero Hora, é a confusão sempre presente entre a educação formal e a educação em seu sentido mais amplo. Mudar esse quadro não significa cobrar apenas das mães, envolvidas cada vez mais em tarefas fora de casa, uma participação ativa na vida escolar dos filhos. Significa chamar também o pai, os cuidadores, enfim, todas as pessoas que têm a obrigação de proteger suas crianças e seus adolescentes, para que sejam efetivos no envolvimento com professores e com o ambiente escolar.
A necessidade da aproximação dos pais do processo educacional é o foco da terceira das seis interrogações apresentadas pela campanha da RBS A Educação Precisa de Respostas. Por que é importante os pais participarem da vida escolar dos seus filhos? Algumas conclusões, como as apresentadas por ZH em sua edição dominical, podem parecer elementares. Pais participativos sabem que seus filhos terão melhor desempenho, desde a escola infantil. O que se apresenta como óbvio, no entanto, não vem sendo traduzido em atitudes, como comprova a realidade do ensino brasileiro. Infelizmente, não são maioria os pais que participam das lições que os filhos levam para casa, que incentivam a leitura, elogiam seus esforços, apontam e ajudam a corrigir erros e, o que mais importa, inspiram a convicção de que estudar não é um sacrifício. Ainda são minoritários os pais que contagiam os filhos com a certeza de que têm responsabilidades complementares na educação formal.
Não se espere que as respostas a essa terceira pergunta, que vão inspirar outras reportagens durante as próximas duas semanas em ZH, sejam originais ou espetaculares. As melhores respostas são as cotidianas, de quem não se contenta em transferir aos governos, às escolas e aos professores todas as culpas pelas insuficiências da educação. Pais precisam passar, pelo exemplo, a convicção de que suas atitudes são coerentes com o que pregam, ou não terão autoridade para exigir um melhor ensino para seus filhos.
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