ZERO HORA 23 de outubro de 2012 | N° 17231
EDITORIAIS
Cruzamento
de dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD),
feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
desfaz qualquer dúvida: mais estudo tende a significar também melhores
vencimentos na vida profissional. A diferença salarial entre os que
concluíram apenas o Ensino Médio e os trabalhadores brasileiros com
curso universitário no Brasil alcança 167%. O percentual, que já foi
maior, começou a cair a partir do início deste século, numa tendência
comum em países desenvolvidos, nos quais o ensino técnico costuma ser
bem valorizado. Ainda assim, o ganho continua expressivo e tende a se
ampliar ainda mais nos casos de profissionais com especialização, com
curso de mestrado ou doutorado, demonstrando o quanto o país precisa
investir mais para propiciar a continuidade da formação depois do Ensino
Básico.
Apesar dos avanços registrados no país nos últimos anos e de uma maior conscientização dos brasileiros de maneira geral sobre a importância do estudo, as estatísticas ainda são pouco animadoras. Levantamento conjunto dos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, por exemplo, revela que nada menos de 5,3 milhões de pessoas entre 18 e 25 anos não estudam nem trabalham, nem procuram emprego. Aumentou, porém, em 60% o total de jovens brasileiros que apostam na educação profissional, embora a proporção ainda fique longe da registrada em economias bem-sucedidas como a Alemanha, por exemplo. Ainda assim, a média de estudo da mão de obra ocupada no Brasil é de apenas 8,4 anos e uma parcela de apenas 12,5% dos trabalhadores concluiu o Ensino Superior.
Além da baixa escolaridade, o país convive com outros problemas no âmbito educacional. Um deles é a baixa qualidade do ensino de maneira geral, tanto no nível médio quanto no superior. O outro é a acentuada dissociação entre o que ocorre no meio acadêmico e na realidade. Além de melhorar o acesso ao ensino de nível superior, portanto, sem prejuízo da qualidade, o país precisa aproximar os conteúdos das exigências cada vez maiores e mais aceleradas do mercado de trabalho.
Países como a Coreia do Sul, entre outros, são exemplos significativos de que é possível obter resultados compensadores com uma aposta firme na educação. Em apenas uma década, até 2010, o percentual de sul-coreanos com diploma universitário passou de 24% para 40%. No Brasil, que só na área de engenharia tem um déficit estimado de 150 mil profissionais, muitas empresas começam a investir em treinamento, apostando nas chamadas “universidades corporativas”. É importante que também o poder público faça essa opção clara, para permitir melhor formação, maiores ganhos para os brasileiros e um salto de qualidade para o país.
Apesar dos avanços registrados no país nos últimos anos e de uma maior conscientização dos brasileiros de maneira geral sobre a importância do estudo, as estatísticas ainda são pouco animadoras. Levantamento conjunto dos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, por exemplo, revela que nada menos de 5,3 milhões de pessoas entre 18 e 25 anos não estudam nem trabalham, nem procuram emprego. Aumentou, porém, em 60% o total de jovens brasileiros que apostam na educação profissional, embora a proporção ainda fique longe da registrada em economias bem-sucedidas como a Alemanha, por exemplo. Ainda assim, a média de estudo da mão de obra ocupada no Brasil é de apenas 8,4 anos e uma parcela de apenas 12,5% dos trabalhadores concluiu o Ensino Superior.
Além da baixa escolaridade, o país convive com outros problemas no âmbito educacional. Um deles é a baixa qualidade do ensino de maneira geral, tanto no nível médio quanto no superior. O outro é a acentuada dissociação entre o que ocorre no meio acadêmico e na realidade. Além de melhorar o acesso ao ensino de nível superior, portanto, sem prejuízo da qualidade, o país precisa aproximar os conteúdos das exigências cada vez maiores e mais aceleradas do mercado de trabalho.
Países como a Coreia do Sul, entre outros, são exemplos significativos de que é possível obter resultados compensadores com uma aposta firme na educação. Em apenas uma década, até 2010, o percentual de sul-coreanos com diploma universitário passou de 24% para 40%. No Brasil, que só na área de engenharia tem um déficit estimado de 150 mil profissionais, muitas empresas começam a investir em treinamento, apostando nas chamadas “universidades corporativas”. É importante que também o poder público faça essa opção clara, para permitir melhor formação, maiores ganhos para os brasileiros e um salto de qualidade para o país.
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