EDUCAÇÃO MULTIDISCIPLINAR

Defendemos uma política educacional multidisciplinar integrando os conhecimentos científico, artístico, desportivo e técnico-profissional, capaz de identificar habilidade, talento, potencial e vocação. A Educação é uma bússola que orienta o caminho, minimiza dúvidas, reduz preocupações e fortalece a capacidade de conquistar oportunidades e autonomia, exercer cidadania e civismo e propiciar convivência social com qualidade, dignidade e segurança. O sucesso depende da autoridade da direção, do valor dado ao professor, do comprometimento da comunidade escolar e das condições oferecidas pelos gestores.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

ALÉM DA AVALIAÇÃO

ZERO HORA 03 de outubro de 2012 | N° 17211

EDITORIAL

É preocupante a constatação de que quase 400 escolas públicas incluídas entre as piores do país em 2007 não conseguiram avançar na qualidade do ensino ministrado quatro anos depois, conforme o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2011. Na maioria delas, a situação até mesmo piorou – caso do Rio Grande do Sul, que registra a situação mais desfavorável entre os Estados da Região Sul. Os resultados do levantamento, realizado pela Folha de S. Paulo com base em dados oficiais do Ministério da Educação (MEC), chamam a atenção para o fato de algumas escolas precisarem de socorro oficial urgente.

Ao concluir que apenas 7% das instituições de ensino mal colocadas no Ideb conseguiram avançar e até mesmo alcançar a média nacional, o estudo acaba apontando também a forma mais adequada para o alcance desse estágio. Um dos caminhos é justamente a adoção de avaliações capazes de identificar o tipo de dificuldade específica de cada aluno e a melhor forma de ajudá-lo a acompanhar o ritmo dos demais colegas de turma. É a forma de evitar uma situação generalizada de mau desempenho, que leva muitos alunos a chegarem à 8ª série do Ensino Fundamental com idade superior à média e falhas deploráveis no aprendizado.

O baixo desempenho no Ensino Fundamental tem causas que começam nas carências da pré-escola e prosseguem com dificuldades típicas do ensino, como a falta de qualificação de professores e a inadequação dos currículos. Por isso, o combate a esse fator de atraso para o país – e especialmente para o Estado, que já teve na educação um de seus pontos fortes – precisa ser feito da forma mais abrangente possível.

A avaliação deixa evidente o quanto programas oficiais de ajuda a escolas em dificuldades não vêm conseguindo atingir resultados minimamente satisfatórios. O maior desafio cabe, portanto, ao poder público, que precisa agir rápido para evitar a continuidade dos prejuízos para os alunos.

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