EDUCAÇÃO MULTIDISCIPLINAR

Defendemos uma política educacional multidisciplinar integrando os conhecimentos científico, artístico, desportivo e técnico-profissional, capaz de identificar habilidade, talento, potencial e vocação. A Educação é uma bússola que orienta o caminho, minimiza dúvidas, reduz preocupações e fortalece a capacidade de conquistar oportunidades e autonomia, exercer cidadania e civismo e propiciar convivência social com qualidade, dignidade e segurança. O sucesso depende da autoridade da direção, do valor dado ao professor, do comprometimento da comunidade escolar e das condições oferecidas pelos gestores.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

O PISO E A GREVE


EDITORIAL ZERO HORA 18/11/2011


Um confronto que se repete com frequência no Estado põe em risco mais uma vez, num final de ano, a situação de milhares de estudantes de escolas públicas. Os professores da rede estadual decidem nesta sexta-feira se paralisam atividades, na tentativa de receber o piso nacional do magistério. Não há como ignorar as demandas salariais do magistério, até porque a defasagem nos vencimentos vem se acumulando há décadas. Exatamente por isso é de se perguntar se o recurso da greve terá o poder de contribuir para a solução do impasse com o governo.

O piso nacional de R$ 1.187 foi aprovado há mais de três anos envolto em controvérsias, porque a categoria exige sua imediata aplicação e os Estados argumentam com a incapacidade financeira. Tanto que 17 das 27 unidades da federação não pagam o mínimo estabelecido, entre as quais o Rio Grande do Sul. O governo gaúcho já assumiu o compromisso de pagar o piso até o final do mandato do senhor Tarso Genro. O Cpers insiste que o pagamento já deveria estar sendo feito e articula a paralisação.

É um impasse de difícil solução, pois nenhum governo conseguiu corresponder às justas expectativas do magistério. O Estado enfrenta dificuldades de caixa, que podem fazer com que o ano seja fechado com um déficit de R$ 400 milhões. Previsões indicam que a diferença entre despesas e receitas corre o risco de triplicar em 2012, em boa parte devido a compromissos salariais que o governo está assumindo com os servidores. Ontem, o governador afirmou que R$ 400 milhões foram reservados pelo Estado para reajustes de salários dos professores no ano que vem e criticou uma provável paralisação.

O Cpers, por sua vez, insiste que os salários são parte das questões em debate e repetiu, por seus dirigentes, que a categoria chegou à exaustão. Um dos desfechos desse desencontro é previsível. Uma paralisação no fim de ano desestrutura o ensino, abala planejamentos e, principalmente, adia o projeto e os sonhos dos estudantes que esperam se formar e enfrentar o vestibular. Assim é que não se sabe ao certo quem ganharia com uma greve, mas são identificáveis, por antecipação, os maiores perdedores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário