EDUCAÇÃO MULTIDISCIPLINAR

Defendemos uma política educacional multidisciplinar integrando os conhecimentos científico, artístico, desportivo e técnico-profissional, capaz de identificar habilidade, talento, potencial e vocação. A Educação é uma bússola que orienta o caminho, minimiza dúvidas, reduz preocupações e fortalece a capacidade de conquistar oportunidades e autonomia, exercer cidadania e civismo e propiciar convivência social com qualidade, dignidade e segurança. O sucesso depende da autoridade da direção, do valor dado ao professor, do comprometimento da comunidade escolar e das condições oferecidas pelos gestores.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

O ESPORTE NA EDUCAÇÃO

VICTOR JOSÉ FACCIONI, CONTABILISTA, ECONOMISTA, ADVOGADO, EX-DEPUTADO FEDERAL - ZERO HORA 03/11/2011


Ou a educação nos esportes?... Títulos que se complementariam reforçando a ideia-base. Mas outro ministro “caiu”, e na área dos esportes. Creio que reiterados escândalos de desvio de verbas públicas através de mitológicas ONGs deveriam nos fazer refletir um pouco não só a respeito do fato em si, suas causas, responsabilidades, consequências e providências, como o quanto tem sido descuidada em nosso país a importância do esporte para a infância e a juventude, como instrumento e fator vital da educação. Afinal, o esporte ensina a competir, e a vida é uma contínua competição. O esporte ensina a competir com regras, com disciplina, além de ser vital igualmente para a saúde e para a mente. Mens sana in corpore sano, já nos lembravam os latinistas. Daí a importância da prática esportiva nas escolas dos Estados Unidos, da Europa e da Ásia e de tantos países da América do Sul, menos, com tal ênfase nas escolas brasileiras, substituídas, nas verbas dos Esportes, por factoides de ONGs, embora algumas autênticas se justifiquem.

Educar não é apenas ensinar a ler e escrever, e um pouco de história, geografia, matemática, religião, o que mais constar no currículo, se não ensinar para a vida, logo como viver? O esporte, além de impor regras de competição ensinando, ademais tira a mocidade das ruas, dos vícios e dos tóxicos.

Em 1991, era eu deputado federal, e apresentei o Projeto de Lei nº 1.377, que, aprovado na Câmara e no Senado, foi sancionado pelo presidente da República e transformado na Lei 8.946/94 de 5 de dezembro de 1994, que criava um Programa de Esportes nas Escolas instituindo “o Sistema Desportivo Amador Brasileiro, e institucionalizava as Olimpíadas Estudantis em Nível Nacional”, num paradigma do que fazem as escolas nos Estados Unidos. Quantas escolas, no Brasil, ensinam a prática do esporte, ou sequer possuem uma quadra desportiva? Poucas. Aqui no Brasil, todos os bairros têm escola, mas poucos bairros têm quadra desportiva. Vamos criar uma política de incentivo de quadra desportiva, em cada escola, logo, em todos os bairros, inclusive estimulando a participação e investimento privado, e dando a administração não a qualquer ONG , mas ao círculo de pais e mestres da escola, entre outras condições que objetivava tal lei?

Porém, lamentavelmente, ao invés de posta em prática a lei, foi revogada, na sanção da Lei Pelé, pensando os então governantes que elas tratavam da mesma questão, quando na verdade se complementavam. Vemos agora, inclusive, nos desvios de recursos do Programa Nacional dos Esportes, o quanto tal revogação pode ter prejudicado, não só no desvio de dinheiro público de funções primordiais, como em especial na não aplicação de uma política nacional, capaz de fazer do esporte um instrumento vital para a educação. Daí me entusiasmou recente aprovação, pelo Conselho dos Cidadãos Honorários de Porto Alegre, de sugestão que apresentamos, recomendando que a Câmara de Vereadores examine a possibilidade de instituir, por lei, uma política de esportes nas escolas de nossa capital, nos moldes do que foi revogado, e daí não aplicado, em âmbito nacional. Sentimos animadoras perspectivas entre os vereadores.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Como este blog defende a educação multidisciplinar, o esporte está dentro do ciclo pretendido, pois estimula o jovem, descobre habilidades e talentos, aumenta a autoestima e proporciona relações saudáveis e promissoras para o crescimento, sobrevivência e autonomia futura.

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