EDITORIAL ZERO HORA 07/11/2011
Embora ainda esteja apenas no terreno da promessa, é bem-vindo o anúncio do secretário estadual de Educação, Jose Clovis de Azevedo, sobre o fim das chamadas escolas de lata. O governo se compromete a suspender, até o final deste mês, o uso de contêineres como salas de aula improvisadas em três instituições do Estado. Embora seja melhor ter aulas num local inadequado do que não tê-las, o improviso causava incômodo para alunos e professores, além de constrangimento para todos os gaúchos.
A improvisação desse ambiente escolar precário, ao qual se submetem ainda 740 alunos na Capital e em Caxias do Sul, deveu-se à necessidade de reformas nas instalações físicas ou a problemas provocados por incêndios ou intempéries. Como não há uma estrutura de transporte adequada, até mesmo muitas famílias preferiram a improvisação a ter que deslocar as crianças para outras instituições. A manutenção dessas condições adversas, porém, deve-se a razões na maioria das vezes associadas à burocracia, que emperra a busca de alternativas na velocidade necessária para reduzir as consequências.
Por mais que professores e alunos se mostrem predispostos a contornar incômodos como a temperatura elevada dentro dos contêineres, é evidente que não há como manter improvisos desse tipo indefinidamente. Um bom ambiente escolar, que não se restringe à sala de aula, é precondição para um aprendizado adequado.
O importante é que esse tipo de improvisação não volte mais a servir de alternativa para situações emergenciais no futuro. É difícil imaginar que a educação possa ser considerada prioridade quando tantos alunos continuam submetidos, diariamente, a condições de estudo inaceitáveis.
Este blog mostrará as deficiências, o sucateamento, o descaso, a indisciplina, a ausência de autoridade, os baixos salários, o bullying, a insegurança e a violência que contaminam o ensino, a educação, a cultura, o civismo, a cidadania, a formação, a profissionalização e o futuro do jovem brasileiro.
EDUCAÇÃO MULTIDISCIPLINAR
Defendemos uma política educacional multidisciplinar integrando os conhecimentos científico, artístico, desportivo e técnico-profissional, capaz de identificar habilidade, talento, potencial e vocação. A Educação é uma bússola que orienta o caminho, minimiza dúvidas, reduz preocupações e fortalece a capacidade de conquistar oportunidades e autonomia, exercer cidadania e civismo e propiciar convivência social com qualidade, dignidade e segurança. O sucesso depende da autoridade da direção, do valor dado ao professor, do comprometimento da comunidade escolar e das condições oferecidas pelos gestores.
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
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