Jocelin Azambuja
Professores são seres especiais, movidos por ideais nobres, aqueles que têm de estar no topo das profissões, pois ninguém chega a lugar algum se não tiver ao longo de sua vida uma boa família e bons professores. Mas, hoje, nossas crianças e jovens não querem mais ser professor (a), nada os atrai nessa profissão. Quem não lembra e sente saudades dos seus professores(as), da marca que deixaram em suas vidas, da contribuição que deram na sua formação pessoal e profissional?
Os governantes que não os valorizam precisam urgentemente rever essa posição, em especial o governo federal, pois esse é um caso de segurança nacional, o País investe apenas 4% do PIB em educação, quando deveria investir no mínimo 12%, o futuro das novas gerações está comprometido. Não bastam discursos da beleza da profissão, não basta apenas fixar um piso nacional de salários, é necessário dar aos estados e municípios os recursos para pagá-lo, uma vez que a União concentra a maior parte da arrecadação de impostos, e/ou pagar-lhes o salário dos professores(as) das escolas federais, que é em média de R$ 6.000,00, enquanto os do Estado e da maior parte dos municípios é em média de R$ 1.100,00.
Se não tomarmos uma posição urgente para dar-lhes salários dignos, vamos ficar sem futuro para nossas crianças. Mais do que nunca, precisamos dos professores para a educação de qualidade que sonhamos e de que o País necessita, mas, mais do que nunca, eles precisam resgatar seus ideais, sua autoestima e dignidade, e isso passa por dar-lhes salários dignos e justos, pela responsabilidade de sua profissão e pelo respeito que a sociedade lhes deve. Precisamos lutar para que nossos filhos não tenham vergonha, mas orgulho de serem professores(as). Você quer ser professor ou professora?
Ex-presidente da ACPM-Federação
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