Jocelin Azambuja
Advogado e conselheiro da ACPM-Federação
A cada dia mais a sociedade se alarma com os altos
índices de reprovação no Ensino Médio em nosso Estado. Dados do Inep
divulgados mostraram que os nossos estudantes são os que apresentam a
maior taxa de repetência do País, 20,7%. Mas por que o espanto se
sabemos as diversas razões que nos levaram a esse quadro? Governos, ao
longo de décadas, descomprometidos com a educação. Secretários de
Educação preocupados em agradar seus grupos políticos, sem coragem de
cobrar o que é necessário para a melhoria do ensino.Advogado e conselheiro da ACPM-Federação
Professores com salários irrisórios (que lutam há 25 anos por um piso salarial) e tendo uma formação deficiente. Gerações de estudantes vivendo em meio a greves, professores desmotivados, ambiente escolar extremamente difícil. Alunos vindos de um Ensino Fundamental fraco. Reformas educacionais irresponsáveis como a atual, sem uma profunda discussão com a sociedade, como se os governantes, ao assumir os cargos, pudessem mexer na educação como se fossem sábios que a ninguém precisam consultar.
Enfim, é só vermos que em pleno mês de maio milhares de alunos no Estado estão sem professores e o semestre está terminando. Como poderão passar de ano? O resultado do somatório de tudo isso: aluno mal formado no Ensino Fundamental, professores mal remunerados e mal capacitados, falta de professores nas escolas, greves, imposição de reformas à revelia da sociedade, alunos desestimulados e pais afastados das escolas. Não nos poderá dar outro resultado que não seja o de cada vez mais baixar a qualidade da educação. Mas cuidado, pois para reverter as estatísticas poderão inventar, como já fizeram nas séries iniciais e nos ciclos, que não reprovarão ninguém ou baixarão a qualidade. É isto que queremos para o futuro da juventude?
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