EDUCAÇÃO MULTIDISCIPLINAR

Defendemos uma política educacional multidisciplinar integrando os conhecimentos científico, artístico, desportivo e técnico-profissional, capaz de identificar habilidade, talento, potencial e vocação. A Educação é uma bússola que orienta o caminho, minimiza dúvidas, reduz preocupações e fortalece a capacidade de conquistar oportunidades e autonomia, exercer cidadania e civismo e propiciar convivência social com qualidade, dignidade e segurança. O sucesso depende da autoridade da direção, do valor dado ao professor, do comprometimento da comunidade escolar e das condições oferecidas pelos gestores.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

ORIENTAÇÃO VOCACIONAL

ZERO HORA 23/04/2015 | 08h05

por Guilherme Justino


Em dúvida sobre que carreira seguir? A orientação vocacional pode ajudar. Mais do que um teste, a orientação serve como aliada nessa escolha. Eficácia, porém, pode ser comprometida por alguns equívocos comuns



Entre tantas profissões, muitos estudantes se inscrevem no vestibular e no Sisu sem ter certeza de que carreira seguir Foto: Diagramação / Zero Hora

Ainda nem entramos na idade adulta quando geralmente chega a hora de responder à clássica pergunta: “o que você vai ser quando crescer?”. A decisão pode se tornar muito difícil para jovens que encontram uma miríade de oportunidades pela frente – e ainda não descobriram todas as próprias aptidões.

Para quem está na dúvida, o caminho, sem apoio, pode ser cercado de erros: escolher a “profissão do momento”, aquela em que há mais vagas abertas, a mais bem remunerada atualmente ou a que os pais recomendam nem sempre é a opção mais indicada. Nessas horas, a orientação profissional pode dar uma mãozinha.

Essa ajuda costuma cobrir de maneiras variadas as diferentes necessidades do estudante indeciso. Quem não tem ideia de que carreira seguir consegue descobrir melhor os interesses pessoais e, se autoconhecendo, saber que caminho trilhar. Já quem está em dúvida entre poucas opções pode encontrar apoio para entender melhor cada profissão – e com qual mais se identifica.


Abaixo, você vai encontrar algumas perguntas que podem ajudar a descobrir para que serve e em que casos vale a pena buscar a orientação profissional.

Teste vocacional funciona?
Sozinho, o tipo de teste que costuma ser aplicado – inclusive online – para ajudar o aluno a encontrar sua profissão não tem muito efeito. Especialistas recomendam que não se guie apenas por perguntas e respostas, mas por uma pesquisa mais extensa. O teste vocacional é válido, mas funciona melhor se inserido em um trabalho maior de orientação profissional.

– O teste, a entrevista e um conhecimento amplo sobre as profissões são a base para um bom trabalho de orientação profissional – garante a psicóloga Simone Grohs.

Pelo teste, vou encontrar a profissão certa para mim?
Não necessariamente. A decisão final cabe somente ao estudante. O que a orientação faz é ajudá- lo a entender melhor os próprios interesses e em que área conseguiria mais sucesso.

– O estudante não vai encontrar uma resposta direta. A orientação proporcionará a chance de construir com o estudante um projeto de vida, pelo qual ele possa identificar motivações, valores, habilidades, necessidades e objetivos – explica o psicólogo Hector Nievas.

Onde se informar?
Procure centros de orientação profissional, muito comuns nas faculdades de psicologia. Também há clínicas e serviços de atendimento a estudantes que oferecem o serviço, trabalhando no planejamento e no aconselhamento de carreira.

Alguns colégios particulares também contam com esse apoio, mas o serviço é oferecido como um diferencial, não faz parte da grade curricular. Nas escolas públicas, a orientação profissional não é comum e, quando existe, costuma partir da iniciativa de professores ou da direção.

Quando fazer?
O indicado é definir um rumo – ou ao menos filtrar algumas profissões – bem antes. A época ideal pode ser o segundo ano do Ensino Médio, quando muitos já fazem provas como treineiros e ainda não há a pressão pela formatura.

– A orientação profissional é um trabalho de reflexão, individualmente ou em grupo. Então, quanto mais a pessoa se conhecer, melhor. Quando já tem ideia do que gosta, a decisão fica mais fácil – diz o coordenador adjunto do Serviço de Orientação Profissional da UFRGS, Marco Teixeira.

O resultado é definitivo?
Um erro comum de quem busca orientação vocacional é acreditar que a escolha da profissão é definitiva. Há pessoas que trocam de curso ou, depois de formadas, optam por outra carreira.

– Mesmo que ele decida trocar, nada será perdido. Ele terá conquistado experiência, o que pode torná- lo um profissional melhor – avalia a orientadora de carreira Maria Luiza Caleffi Pons.

Quem pode aplicar?
Os testes vocacionais têm mais efeito quando aplicados por psicólogos, pedagogos ou psicopedagogos especializados em orientação profissional. Eles serão capazes de interpretar os resultados e contribuir para que os estudantes descubram os próprios interesses.

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