EDUCAÇÃO MULTIDISCIPLINAR

Defendemos uma política educacional multidisciplinar integrando os conhecimentos científico, artístico, desportivo e técnico-profissional, capaz de identificar habilidade, talento, potencial e vocação. A Educação é uma bússola que orienta o caminho, minimiza dúvidas, reduz preocupações e fortalece a capacidade de conquistar oportunidades e autonomia, exercer cidadania e civismo e propiciar convivência social com qualidade, dignidade e segurança. O sucesso depende da autoridade da direção, do valor dado ao professor, do comprometimento da comunidade escolar e das condições oferecidas pelos gestores.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

POR UMA APLICAÇÃO RACIONAL DE RECURSOS PARA A EDUCAÇÃO


ZH 11 de setembro de 2014 | N° 17919


EDUARDO JOBIM*



Com o novo Plano Nacional de Educação (PNE), 10% do PIB será destinado para a educação. Não podemos errar na prioridade, sendo ela o Ensino Fundamental básico, valorizado e com professores qualificados. Sem investimento alocatício, sofreremos pela parca qualidade dos egressos da escola pública, com baixa qualificação para o mercado e quiçá etapas de graduação e pós. Sem as bases, não há soluções mágicas. Essa etapa é pressuposto lógico e fundamental da prosperidade. O desenvolvimento passa, em síntese, pelo êxito de nossas crianças em adquirirem uma formação adequada em níveis mundiais. Contudo, nessa fase crucial, quem é encarregado são as prefeituras, com raras exceções, incompetentes e que recebem parcos recursos. Gasta- se errado perdendo-se de vista as prioridades nacionais.

Na política implementada na educação, temos um excessivo percentual dos recursos aplicados no Ensino Superior e pós- graduação, o futuro imediato, enquanto o futuro mediato é prejudicado. O primeiro tem um “pai rico”, o governo federal, e o ensino básico um “padrasto pobre” e inoperante. Abraham Maslow, psicólogo famoso no meio empresarial, comprovou que todos nós contamos com uma capacidade diária de aprendizado, uma espécie de “cota diária” que varia subjetivamente. É difícil quantificá-la, mas o fato é que dispomos dessa capacidade de absorção de informações que precisa ser utilizada diariamente, pois é da condição humana e nascemos para construir conhecimento. Ocorre que a “cota diária” não utilizada significa uma oportunidade desperdiçada, pois no dia seguinte haverá outra “cota a ser preenchida”, daí, por conclusão, que o aprendizado é cumulativo.

O tempo da criança na escola é mal aproveitado e merece foco; as crianças desperdiçam sua oportunidade diária de aprendizado ou, segundo Maslow, não preenchem a devida cota. Errando na prioridade, o país perde a chance de tornar- se competitivo no cenário da economia mundial.

*Professor e advogado

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