EDUCAÇÃO MULTIDISCIPLINAR

Defendemos uma política educacional multidisciplinar integrando os conhecimentos científico, artístico, desportivo e técnico-profissional, capaz de identificar habilidade, talento, potencial e vocação. A Educação é uma bússola que orienta o caminho, minimiza dúvidas, reduz preocupações e fortalece a capacidade de conquistar oportunidades e autonomia, exercer cidadania e civismo e propiciar convivência social com qualidade, dignidade e segurança. O sucesso depende da autoridade da direção, do valor dado ao professor, do comprometimento da comunidade escolar e das condições oferecidas pelos gestores.

sábado, 6 de setembro de 2014

O AVANÇO DO ESTADO NO IDEB



ZH 06 de setembro de 2014 | N° 17914


EDITORIAL





As notas médias do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica caíram em 16 Estados, mas o Rio Grande do Sul saltou da 10ª para a segunda posição.

Visto por educadores como a etapa mais desafiadora do ensino, pelos reflexos que tem na formação profissional, o Ensino Médio registrou uma piora no país de maneira geral, ficando abaixo da meta definida pelo Ministério da Educação (MEC) e com um desempenho muito aquém do registrado em nações desenvolvidas. Nesse quadro, ganha particular importância o salto registrado pelo Ensino Médio estadual no Rio Grande do Sul, que, ao passar de 3,4 pontos em 2011 para 3,7 pontos no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2013, subiu do 10º para o segundo lugar no ranking, figurando ao lado de São Paulo. O resultado, promissor, precisa motivar os responsáveis pela formulação de políticas de ensino, para que o Estado continue perseguindo níveis de excelência nessa área.

Com poucas exceções, o Ideb de 2013 vai exigir ações imediatas da parte de governadores. Em nada menos de 16 Estados, as notas médias caíram em relação às de 2011. De maneira geral, o levantamento demonstra que o país superou as metas oficiais no ciclo inicial do Ensino Fundamental (do 1º ao 5º ano). Mas, assim como ocorreu no Ensino Médio, ficou abaixo das pretensões também no final do Ensino Fundamental (do 6º ao 9º ano). O resultado apressa a necessidade de providências voltadas tanto para a rede pública (estadual e municipal) quanto para a rede privada. Um dos aspectos relevantes desse indicador é justamente o de facilitar o planejamento e a execução de políticas educacionais com base em metas bianuais definidas até 2022, ano do bicentenário da Independência do Brasil.

A vantagem do Ideb é a de simplificar a aferição das políticas educacionais por parte de gestores estaduais e municipais. O trabalho é objetivado porque são levados em conta dois fatores com interferência direta na qualidade da educação: rendimento escolar, com base em taxas de aprovação, reprovação e abandono, e médias de desempenho na Prova Brasil. Isso significa que, para uma escola ou rede alcançar resultado melhor, é preciso que o aluno aprenda a lidar satisfatoriamente com a língua portuguesa e a matemática, mantenha a frequência em sala de aula e não precise repetir o ano. Bons resultados, porém, não dependem unicamente dos estudantes, mas sobretudo de políticas públicas adequadas.

Ensino de qualidade, como o que o país precisa assegurar a todos os brasileiros, exige o aprofundamento de ferramentas como o Ideb e a adoção das correções necessárias. Envolve também a formação, a avaliação constante e a valorização dos educadores.

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