ZERO HORA 05/09/2014 | 22h38
Ensino privado do Rio Grande do Sul perde pontos no Ideb. Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) foi divulgado na tarde desta sexta-feira pelo Ministério da Educação
Foto: Claudio Vaz / Agencia RBS
Na contramão dos avanços conquistados pela escola pública, o ensino privado gaúcho perdeu pontos no Ideb, recuando de 5,9 para 5,7 na avaliação do Ensino Médio. O presidente do Sindicato do Ensino Privado (Sinepe) no Estado, Bruno Eizerik, disse que o setor irá analisar detidamente os resultados e tirar suas conclusões.
Eizerik não quis se manifestar mais aprofundadamente sobre o balanço do Ideb, nesta sexta-feira, porque estava digerindo os dados. No entanto, de forma genérica, disse que a posição foi "boa", mas não deixou as direções dos colégios satisfeitas. O dirigente comentou que a aferição do Ministério da Educação via Ideb é feita por amostragem, o que traz dificuldades. Exemplifiou que uma escola participa numa edição, mas não continua sendo testada posteriormente. É substituída por outra.
— O Sinepe não compactua muito com rankings e comparativos, ainda mais o Ideb, que é feito por amostragem — afirmou Eizerik.
Para Fernando Becker, professor de Psicologia da Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), existem sinais que podem explicar a perda de qualidade de escolas particulares. Um deles é "o desvio perigoso" de buscar recursos na literatura de auto-ajuda, em desprestígio à ciência.
— Escola tem de ensinar o que a ciência produziu, não o senso comum, que inclui a auto-ajuda — disse.
Outra evidência é a defasagem tecnológica entre professores e alunos, a maioria de famílias abastadas, que dispõem de tablets e iPhones. Em função do descompasso, alerta Becker, as aulas são mais de auditório do que de laboratório. Deveria ser ao contrário, para que o aprendizado melhorasse.
— Essas situações estão botando o magistério do ensino privado contra a parede, e ele não está sabendo reagir — observou.
A coordenadora geral do movimento Todos Pela Educação, Alejandra Meraz Velasco, disse que a queda na performance da rede privada merece atenção, por interessar a sociedade. Sugeriu que as secretarias estaduais se preocupem, mesmo não sendo responsáveis pela prestação do serviço.
http://infogr.am/rede-privada-no-ideb?src=web
Foto: Claudio Vaz / Agencia RBS
Na contramão dos avanços conquistados pela escola pública, o ensino privado gaúcho perdeu pontos no Ideb, recuando de 5,9 para 5,7 na avaliação do Ensino Médio. O presidente do Sindicato do Ensino Privado (Sinepe) no Estado, Bruno Eizerik, disse que o setor irá analisar detidamente os resultados e tirar suas conclusões.
Eizerik não quis se manifestar mais aprofundadamente sobre o balanço do Ideb, nesta sexta-feira, porque estava digerindo os dados. No entanto, de forma genérica, disse que a posição foi "boa", mas não deixou as direções dos colégios satisfeitas. O dirigente comentou que a aferição do Ministério da Educação via Ideb é feita por amostragem, o que traz dificuldades. Exemplifiou que uma escola participa numa edição, mas não continua sendo testada posteriormente. É substituída por outra.
— O Sinepe não compactua muito com rankings e comparativos, ainda mais o Ideb, que é feito por amostragem — afirmou Eizerik.
Para Fernando Becker, professor de Psicologia da Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), existem sinais que podem explicar a perda de qualidade de escolas particulares. Um deles é "o desvio perigoso" de buscar recursos na literatura de auto-ajuda, em desprestígio à ciência.
— Escola tem de ensinar o que a ciência produziu, não o senso comum, que inclui a auto-ajuda — disse.
Outra evidência é a defasagem tecnológica entre professores e alunos, a maioria de famílias abastadas, que dispõem de tablets e iPhones. Em função do descompasso, alerta Becker, as aulas são mais de auditório do que de laboratório. Deveria ser ao contrário, para que o aprendizado melhorasse.
— Essas situações estão botando o magistério do ensino privado contra a parede, e ele não está sabendo reagir — observou.
A coordenadora geral do movimento Todos Pela Educação, Alejandra Meraz Velasco, disse que a queda na performance da rede privada merece atenção, por interessar a sociedade. Sugeriu que as secretarias estaduais se preocupem, mesmo não sendo responsáveis pela prestação do serviço.
http://infogr.am/rede-privada-no-ideb?src=web
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