Este blog mostrará as deficiências, o sucateamento, o descaso, a indisciplina, a ausência de autoridade, os baixos salários, o bullying, a insegurança e a violência que contaminam o ensino, a educação, a cultura, o civismo, a cidadania, a formação, a profissionalização e o futuro do jovem brasileiro.
EDUCAÇÃO MULTIDISCIPLINAR
Defendemos uma política educacional multidisciplinar integrando os conhecimentos científico, artístico, desportivo e técnico-profissional, capaz de identificar habilidade, talento, potencial e vocação. A Educação é uma bússola que orienta o caminho, minimiza dúvidas, reduz preocupações e fortalece a capacidade de conquistar oportunidades e autonomia, exercer cidadania e civismo e propiciar convivência social com qualidade, dignidade e segurança. O sucesso depende da autoridade da direção, do valor dado ao professor, do comprometimento da comunidade escolar e das condições oferecidas pelos gestores.
quinta-feira, 16 de junho de 2011
A OPOSIÇÃO DOS PROFESSORES AO PACOTARSO
A oposição ao pacote - EDITORIAL ZERO HORA, 16/06/2011
Apesar do aparente fracasso do dia de paralisação do magistério, que reuniu um reduzido número de participantes e alterou a rotina de uma pequena parcela das instituições estaduais, o Cpers deixa evidente a intenção de firmar-se como um dos principais focos de oposição ao pacote de medidas destinadas a assegurar a sustentabilidade do Estado, proposto pelo governador Tarso Genro.
O curioso é que, com esse tipo de posicionamento, a entidade representativa dos professores – incluídos entre os servidores de menores vencimentos – une-se justamente a corporações representativas dos detentores dos maiores ganhos, com tendência, por isso, a serem mais afetados pelas mudanças. É justo que os educadores se mobilizem por um piso salarial mais condizente com a função. Ainda assim, faltam razões para justificar a suspensão de aulas como alternativa de pressão e de oposição às medidas propostas pelo Executivo.
Por meio de sua entidade de classe, os professores têm todo o direito de se manifestar e de se opor ao que julgarem contrário aos interesses da categoria. Ainda assim, fica cada vez mais evidente que, no caso atual, trata-se de uma oposição desarrazoada. Todas as projeções feitas até agora indicam que as alterações previstas representarão ônus para uma minoria e tendem a trazer benefícios a longo prazo para a maior parte dos representados pelo próprio sindicato dos educadores.
Em princípio, todas as projeções são de que quem ganha mais vai arcar com uma alíquota previdenciária maior, caso o conjunto de medidas venha a ser aprovado pela Assembleia, apesar da mobilização contrária. Se, no futuro, ao conquistarem finalmente um piso salarial mais do que merecido, os professores passarem a descontar mais para a previdência, essa será apenas uma consequência dos avanços, não uma perda de direitos.
Antes de simplesmente declararem guerra a qualquer possibilidade de mudança, categorias mais organizadas deveriam avaliar, com objetividade, até que ponto as reformas podem ou não contribuir para a redução de iniquidades no setor público. Se podem, esta seria a hora de colocá-las em prática, concentrando-se no que ocorre hoje e não no que poderá ocorrer no futuro.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - O editor de Zero Hora se equivoca na sua análise sobre o pacotarso. Todos os servidores, inclusive os que ganham menos, irão ser prejudicados com o confisco de salários promovido pelo Governo Tarso. Hoje, eles podem não se enquadrar no confisco, mas amanhã diante de promoções e reajustes salariais irão fatalmente se enquadrar, entrando neste confisco demagógico e cruel proposto pelo Governo do RS.
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