EDUCAÇÃO MULTIDISCIPLINAR

Defendemos uma política educacional multidisciplinar integrando os conhecimentos científico, artístico, desportivo e técnico-profissional, capaz de identificar habilidade, talento, potencial e vocação. A Educação é uma bússola que orienta o caminho, minimiza dúvidas, reduz preocupações e fortalece a capacidade de conquistar oportunidades e autonomia, exercer cidadania e civismo e propiciar convivência social com qualidade, dignidade e segurança. O sucesso depende da autoridade da direção, do valor dado ao professor, do comprometimento da comunidade escolar e das condições oferecidas pelos gestores.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

ALTERNATIVA DE QUALIDADE

Nos últimos anos, a educação à distância passou a fazer parte do cotidiano dos brasileiros. Muitas pessoas têm tido nessa modalidade de ensino a possibilidade de concretização de um sonho que parecia impossível: fazer um curso superior.

É comum se falar sobre as temeridades inerentes a essa modalidade, que, de fato, são inerentes a qualquer processo educativo. No entanto, cabe aqui chamar a atenção para a contribuição que a educação à distância tem dado para o desenvolvimento da educação brasileira, particularmente na formação de professores. Nesse sentido, é mister ressaltar o papel que as universidades públicas têm exercido, através de sua parceria com o Ministério da Educação e com as redes de ensino estaduais e municipais.

O caso da formação de professores em exercício traz à tona um desafio quase intransponível sem que os recursos da educação à distância sejam utilizados, a saber, a pulverização geográfica. Recentemente, o Fórum de Apoio à Formação Docente do Rio Grande do Sul fez o levantamento da necessidade de formação de professores no Estado. Ainda que estejamos em uma condição até que privilegiada, no cenário nacional, em números absolutos, temos um grande desafio. É preciso formar em nível superior mais de 30 mil professores, espalhados pelos 496 municípios gaúchos. Na maioria deles, não há instituição de educação superior, nem sequer em municípios próximos. Ademais, não podem, esses professores, interromper suas atividades profissionais para se qualificar. Aí, entra a modalidade da educação à distância, a fim de poderem estudar em locais e horários adequados a suas realidades profissionais.

Instituições de educação superior gaúchas têm demonstrado que é possível fazer educação à distância de qualidade, o que, aliás, ficou patente nas cerimônias de formatura dos primeiros cursos de graduação à distância da UFRGS. Ademais, tais experiências têm repercutido no próprio ensino presencial e têm ajudado a solidificar uma nova prática em que não se cogita a substituição da presencialidade pelas situações à distância, mas a decisão pela educação à distância sempre que isso se mostrar vantajoso pedagogicamente. Ou seja, quando há ganhos na aprendizagem.

Com isso, pode-se vislumbrar um futuro (não muito longínquo) em que não se discuta mais quais cursos podem ser à distância, mas o que pode (e deve) ser à distância em cada curso.

SÉRGIO ROBERTO KIELING FRANCO, PROFESSOR, SECRETÁRIO DE ENSINO À DISTÂNCIA – UFRGS - ZERO HORA 03/06/2011

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