Professor é agredido por tio de aluno em escola, na Zona Norte da Capital. Após acusação do estudante, o tio agrediu o professor com uma pedra
Ainda com dificuldades para falar, o professor de geografia Carlos Geovani Machado foi na sexta-feira à tarde a uma Delegacia de Polícia da Zona Norte da Capital para relatar uma agressão sofrida na Escola Municipal Presidente Vargas, no Bairro Passo das Pedras, na terça-feira. O agressor foi identificado como tio de um aluno. No mesmo dia, ele assinou um termo circunstanciado e foi liberado. Já o professor sofreu fratura no maxilar, teve um dente quebrado e entrou em licença médica.
De acordo com o professor, o episódio ocorreu no retorno de um passeio de turmas da escola. Carlos Geovani e algumas colegas havia levado um grupo de estudantes, todos adolescentes, a uma sessão de cinema. Na volta, no ônibus, o sumiço de alguns objetos da mochila de uma aluna provocou agitação. Na tentativa de acalmá-los, Carlos Geovani pediu que todos sentassem. Na confusão, um dos alunos acusou o professor de tê-lo agredido.
Na chegada à escola, o menino que fez a acusação foi rapidamente à casa de seu tio, que foi tomar satisfação do professor, pela suposta agressão.
- Foi tudo muito rápido. Não cheguei a ver nada. Só me dei conta quando já estava todo ensanguentado conta Carlos Geovani.
Segundo testemunhas, o tio do aluno deu vários socos no professor e, como tinha uma pedra na mão, agravou as lesões. Carlos Geovani disse que, além de agredido, ainda sofreu ameaças, inclusive de morte.
O diretor pedagógico da Secretaria Municipal de Educação (Smed), Silvio Capaverde, disse à reportagem que, durante a confusão no ônibus, o professor colocou a mão no ombro do aluno, solicitando que sentasse. Isso teria sido usado pelo estudante para alegar a suposta agressão. Na quinta-feira, foi realizada uma assembleia entre professores, funcionários e a comunidade escolar.
Em nota assinada pelo próprio diretor pedagógico, a secretaria informou que "tem prestado apoio e solidariedade à direção e ao grupo de professores e funcionários". Ainda de acordo com a o documento, "a Smed, em conjunto com a Rede de Proteção (formada pelo Conselho Tutelar, Fundação de Assistência Social e Cidadania e Secretaria de Saúde) está tomando providências legais em relação ao ocorrido".
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