EDUCAÇÃO MULTIDISCIPLINAR

Defendemos uma política educacional multidisciplinar integrando os conhecimentos científico, artístico, desportivo e técnico-profissional, capaz de identificar habilidade, talento, potencial e vocação. A Educação é uma bússola que orienta o caminho, minimiza dúvidas, reduz preocupações e fortalece a capacidade de conquistar oportunidades e autonomia, exercer cidadania e civismo e propiciar convivência social com qualidade, dignidade e segurança. O sucesso depende da autoridade da direção, do valor dado ao professor, do comprometimento da comunidade escolar e das condições oferecidas pelos gestores.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

ESPORTE E EDUCAÇÃO PAVIMENTAM FUTURO DO JOVEM


JORNAL DO COMÉRCIO 11/08/2014


EDITORIAL



Uma vez que tanto se fala em legado da Copa do Mundo, com os prós e contras sendo colocados dia após dia, mesmo encerrado o evento esportivo, reportamos o fato de que esporte e educação são complementares. Aliás, deveriam sempre andar juntos na formação dos jovens, especialmente na adolescência, fase importante em nossas vidas. O jovem tem muita energia, e dar-lhe o prazer de praticar um esporte com o qual se identifique é fundamental para formar a sua personalidade. Mais do que isso, é no esporte que se aprende sobre disciplina, metas, esforço, persistência e o trabalho em grupo. Além disso, eles aprendem a obedecer as regras e, normalmente, a um treinador do grupo no qual estão inseridos. E quem não sabe obedecer jamais saberá mandar, e isso vale para a vida civil, não apenas para os militares em geral, como alguns podem pensar.

Hoje em dia, não é suficiente, para se ter sucesso, possuir a capacidade e a bagagem intelectual para desempenhar determinada tarefa. Os jovens devem impressionar na competição inevitável que terão na vida profissional. Isso modela as atitudes de cada um consigo mesmo. O esporte, ao lado da educação familiar, é um grande formador ou, no mínimo, ajudante na formação da personalidade dos adolescentes. Entregue à prática do futebol, do vôlei, do basquete, do iatismo ou do atletismo, além da ginástica, o jovem estará dirigindo o seu corpo para uma vida sadia e manterá a sua mente ocupada com treinos os mais diversos, além das competições. Cabeça vazia é morada de maus pensamentos, sabemos há muitas décadas.

Por isso, a Copa do Mundo no Brasil despertou um sentimento muito bom para os esportes em geral. Quantos ídolos não estiveram aqui e o noticiário falando dos seus vencimentos e citando que a maioria dos atletas, principalmente os brasileiros, teve origem humilde, mas uma formação familiar com afeto, exemplos e pais que souberam valorizar o estudo. Talvez não ao ponto que desejavam, porém, pelo que lê, ouve e vê, uma base curricular ficou para quase todos. Mesmo que exista um excesso de patrocinadores ligados a bebidas alcoólicas, vale mais a sensação de prazer e de saber perder e ganhar conforme a maioria dos jogos demonstrou. No Império Romano, há mais de 2 mil anos, dizia-se que os cidadãos deveriam ter mente sã em um corpo são. Isso era válido então e mais do que atual quando tantas drogas estão disseminadas pelo mundo, atacando a saúde e frustrando tantas carreiras de jovens que, há pouco, eram promessas de vitórias em diversos esportes.

Há séculos que a humanidade faz ingentes esforços para descrever o que deve ser o modelo de um bom cidadão ou cidadã e uma boa sociedade. Tais modelos têm sido descritos sob a forma de tratados filosóficos ou teológicos e, em parte, sob a forma de utopias. Dá-se maior importância da análise de como deveríamos ser como pessoas e sociedade. Enfim, todos queremos criar ou nos tornar pessoas melhores vivendo em uma sociedade também melhor. Por isso, um dos legados da Copa do Mundo no Brasil, passados 64 anos da primeira, foi a magnífica exposição de que o esporte é uma maneira correta de educar os jovens. Lado a lado com a família e a escola.

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