EDUCAÇÃO MULTIDISCIPLINAR

Defendemos uma política educacional multidisciplinar integrando os conhecimentos científico, artístico, desportivo e técnico-profissional, capaz de identificar habilidade, talento, potencial e vocação. A Educação é uma bússola que orienta o caminho, minimiza dúvidas, reduz preocupações e fortalece a capacidade de conquistar oportunidades e autonomia, exercer cidadania e civismo e propiciar convivência social com qualidade, dignidade e segurança. O sucesso depende da autoridade da direção, do valor dado ao professor, do comprometimento da comunidade escolar e das condições oferecidas pelos gestores.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

INTROMISSÃO INDEVIDA



ZERO HORA 05 de agosto de 2014 | N° 17881


EDITORIAIS




O Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul não pode ficar sozinho na reação ao parecer em debate. Professores e demais servidores de escolas têm sido desafiados cada vez mais por atos de desacato, e não são raros os casos marcados pela violência contra a escola, contra os alunos e contra mestres e funcionários. São atitudes que põem em xeque a autoridade da escola e, principalmente, sua capacidade de reagir com veemência às atitudes consideradas mais graves. Sabe-se que, nessas circunstâncias, as escolas têm esgotado, junto aos pais e às comunidades, todos os meios disponíveis antes da decisão mais drástica, do afastamento temporário ou da expulsão.

O parecer em questão retira dos colégios o direito de fazer prevalecer a disciplina, em favor da maioria, e submete as escolas ao poder dos agressores. Como as situações de indisciplina consideradas administráveis já vêm sendo abordadas, de acordo com os padrões pedagógicos, é claro que o parecer tende a favorecer até mesmo infratores reincidentes. Não é de excesso de condescendência com a indisciplina que o ensino precisa, para fazer valer sua missão de educar. Ao contrário, as escolas precisam, com transparência e clareza quanto a leis e regras, fazer valer a preservação de um ambiente civilizado, dentro e fora de sala de aula.

Agressores e vândalos já desfrutam de uma certa sensação de impunidade. Ampliá-la será ruim para todos. A educação brasileira precisa fortalecer, e não fragilizar, professores muitas vezes submetidos a condições de trabalho precárias, reduzidas chances de aperfeiçoamento profissional, baixos salários e alunos agressivos. Punir, de acordo com o bom senso e a legislação, é também educar, ou adolescentes sem limites se transformarão em algozes incontroláveis.

Nenhum comentário:

Postar um comentário