NAELE OCHOA PIAZZETA*
“A minha pátria não é florão, nem ostenta lábaro não; a minha pátria é desolação de caminhos, a minha pátria é terra sedenta e praia branca; a minha pátria é o grande rio secular que bebe nuvem, come terra e urina mar. Não te direi o nome, pátria minha. Teu nome é pátria amada, é patriazinha.”
Assim Vinicius de Moraes imortalizou seu sentimento e a forma pela qual via o Brasil. Sem ufanismos, com a simplicidade das palavras que falam ao coração.
Expurgamos os rescaldos da Copa do Mundo discutindo exaustivamente o futebol brasileiro. Esmiuçamos nossas falhas e replanejamos nosso futuro como o “país das chuteiras”!
É impossível deixar de fazer a associação entre a importância que se deu ao resultado do Mundial de Futebol com o Relatório sobre Capital Humano do Fórum Econômico Mundial.
Na educação primária, foram avaliados 148 países. O Brasil obteve o humilhante 129º lugar! Por incrível que pareça, ficamos atrás de Haiti e Burkina Faso, onde o índice de alfabetização é quase inexistente.
Não houve vergonha ou choro incontrolável pelo nosso pífio desempenho nesta área. Pelo contrário. O ministro da pasta veio a público comemorar o salto em qualidade de uma posição no IDH, dando a entender que tão maravilhoso desempenho englobava toda a pesquisa do Fórum. Talvez, sob a sua ótica, valha o raciocínio de que, se temos mais celulares do que banheiros, avançamos!
O país com o qual sonho não é o das chuteiras.
É, primordialmente, o da educação, pois com ela virão a saúde, a segurança pública, a politização e a igualdade.
Não é o de doutores, pois o conhecimento não tem lugar cativo apenas na educação superior. Conhecimento é saber ler e compreender o que se lê. É escrever, e não só o nome para fugir à classificação de analfabeto. É o somatório de aprendizagens que vem lenta e progressivamente desde o berço.
Investir seriamente na educação. Traçar objetivos, fornecer aporte financeiro contínuo, desimportando o partido político de quem venha a ocupar o cargo maior da nação. Esforço-me para crer que o povo e os políticos perseguem os mesmos objetivos. Outra razão não existe para que votemos neles.
“A minha pátria não é florão, nem ostenta lábaro não; a minha pátria é desolação de caminhos, a minha pátria é terra sedenta e praia branca; a minha pátria é o grande rio secular que bebe nuvem, come terra e urina mar. Não te direi o nome, pátria minha. Teu nome é pátria amada, é patriazinha.”
Assim Vinicius de Moraes imortalizou seu sentimento e a forma pela qual via o Brasil. Sem ufanismos, com a simplicidade das palavras que falam ao coração.
Expurgamos os rescaldos da Copa do Mundo discutindo exaustivamente o futebol brasileiro. Esmiuçamos nossas falhas e replanejamos nosso futuro como o “país das chuteiras”!
É impossível deixar de fazer a associação entre a importância que se deu ao resultado do Mundial de Futebol com o Relatório sobre Capital Humano do Fórum Econômico Mundial.
Na educação primária, foram avaliados 148 países. O Brasil obteve o humilhante 129º lugar! Por incrível que pareça, ficamos atrás de Haiti e Burkina Faso, onde o índice de alfabetização é quase inexistente.
Não houve vergonha ou choro incontrolável pelo nosso pífio desempenho nesta área. Pelo contrário. O ministro da pasta veio a público comemorar o salto em qualidade de uma posição no IDH, dando a entender que tão maravilhoso desempenho englobava toda a pesquisa do Fórum. Talvez, sob a sua ótica, valha o raciocínio de que, se temos mais celulares do que banheiros, avançamos!
O país com o qual sonho não é o das chuteiras.
É, primordialmente, o da educação, pois com ela virão a saúde, a segurança pública, a politização e a igualdade.
Não é o de doutores, pois o conhecimento não tem lugar cativo apenas na educação superior. Conhecimento é saber ler e compreender o que se lê. É escrever, e não só o nome para fugir à classificação de analfabeto. É o somatório de aprendizagens que vem lenta e progressivamente desde o berço.
Investir seriamente na educação. Traçar objetivos, fornecer aporte financeiro contínuo, desimportando o partido político de quem venha a ocupar o cargo maior da nação. Esforço-me para crer que o povo e os políticos perseguem os mesmos objetivos. Outra razão não existe para que votemos neles.
*DESEMBARGADORA DO TJRS
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