ZERO HORA 01 de julho de 2013 | N° 17478
- De 2010 em diante, os valores passaram a ser no percentual de 10% da contribuição total dos Estados e municípios de todo o país.
SAÍDAS PARA O PAÍS
O especialista em financiamento para a educação Nicholas Davies avalia que medidas de curto prazo não vão atender as reivindicações feitas nas manifestações que ocorrem em todo o país para melhorar o nível da educação e da saúde. Professor de política de educação da Universidade Federal Fluminense (UFF), Davies defende medidas de longo prazo para esses setores.
– É equívoco imaginar que uma medida de impacto vá surtir efeito no curto prazo. Não me entusiasmo com medidas de curto prazo – disse.
O especialista destacou que, embora favorável a melhorias salariais, o aumento dos salários dos profissionais de educação é um exemplo de medida de curto prazo que não resolveria os problemas mais urgentes. Isso porque precisa ser adotado com melhorias das condições de trabalho, o que não ocorre de uma hora para outra.
– Os efeitos só vêm, no mínimo, a médio prazo – informou.
O professor disse que no setor de transportes é possível verificar medidas com impacto mais rápido, mas isso não ocorre com a educação:
– No caso dos transportes, uma medida de curto prazo foi a redução das tarifas. Mas na educação acho complicado. Por exemplo, a construção de escolas e creches é uma medida lenta.
Nicholas Davies ressaltou que influencia o setor no Brasil o fato de a educação estar ligada aos três níveis – federal, estadual e municipal.
– A responsabilidade não é só de um governo. Sobretudo na educação básica, que cabe aos governos estaduais e municipais – acrescentou.
Para o especialista, uma medida de curto prazo possível de ser adotada é o aumento da participação do governo federal no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais em Educação (Fundeb).
Ele alertou, no entanto, que é preciso ter um maior controle sobre a aplicação dos recursos do fundo:
– Não adianta o governo federal aumentar a sua contribuição para o Fundeb se depois não há um controle de como é que as prefeituras estão usando o dinheiro do fundo. Prefeituras estão ganhando muito dinheiro com o Fundeb, mas as matrículas estão caindo.
INVESTIMENTOS. Os valores aplicados no Fundeb, segundo o MEC
O especialista em financiamento para a educação Nicholas Davies avalia que medidas de curto prazo não vão atender as reivindicações feitas nas manifestações que ocorrem em todo o país para melhorar o nível da educação e da saúde. Professor de política de educação da Universidade Federal Fluminense (UFF), Davies defende medidas de longo prazo para esses setores.
– É equívoco imaginar que uma medida de impacto vá surtir efeito no curto prazo. Não me entusiasmo com medidas de curto prazo – disse.
O especialista destacou que, embora favorável a melhorias salariais, o aumento dos salários dos profissionais de educação é um exemplo de medida de curto prazo que não resolveria os problemas mais urgentes. Isso porque precisa ser adotado com melhorias das condições de trabalho, o que não ocorre de uma hora para outra.
– Os efeitos só vêm, no mínimo, a médio prazo – informou.
O professor disse que no setor de transportes é possível verificar medidas com impacto mais rápido, mas isso não ocorre com a educação:
– No caso dos transportes, uma medida de curto prazo foi a redução das tarifas. Mas na educação acho complicado. Por exemplo, a construção de escolas e creches é uma medida lenta.
Nicholas Davies ressaltou que influencia o setor no Brasil o fato de a educação estar ligada aos três níveis – federal, estadual e municipal.
– A responsabilidade não é só de um governo. Sobretudo na educação básica, que cabe aos governos estaduais e municipais – acrescentou.
Para o especialista, uma medida de curto prazo possível de ser adotada é o aumento da participação do governo federal no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais em Educação (Fundeb).
Ele alertou, no entanto, que é preciso ter um maior controle sobre a aplicação dos recursos do fundo:
– Não adianta o governo federal aumentar a sua contribuição para o Fundeb se depois não há um controle de como é que as prefeituras estão usando o dinheiro do fundo. Prefeituras estão ganhando muito dinheiro com o Fundeb, mas as matrículas estão caindo.
INVESTIMENTOS. Os valores aplicados no Fundeb, segundo o MEC
2007 - R$ 2 bilhões
2008 - R$ 3,2 bilhões
2009 - R$ 5,1 bilhões
2008 - R$ 3,2 bilhões
2009 - R$ 5,1 bilhões
- De 2010 em diante, os valores passaram a ser no percentual de 10% da contribuição total dos Estados e municípios de todo o país.
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