ZERO HORA 29 de julho de 2013 | N° 17506
Maria Cecília Medeiros de Farias Kother*
O que está acontecendo nas ruas não envolve a educação? É, também, uma questão de educação? Analisem e verão que, sem dúvida, é. Mas, atenção, não é aquela educação que está faltando no Ensino Básico (Fundamental, Médio e Superior) de agora, com projeção de futuro, que o povo está reclamando. Essa atitude popular traz no seu bojo o reconhecimento de que a educação está descuidada, e devemos interpretar esse apelo.
A educação que está deficiente, segundo essa visão, é aquela que deveria fazer parte do currículo da vida dos que estão em altos postos da nação e que se traduz em competência, ética e responsabilidade no que se assume. É a educação de valores formativos que estruturam o caráter e dão aquele feeling necessário e útil a quem ocupa cargos públicos. É aquela educação que ensina civilidade, urbanismo, cooperação, desprendimento, solidariedade, honestidade consigo mesmo e com os outros. É aquela educação para a maturidade que faz as pessoas não perderem o senso da sua realidade e evitarem assumir a vivência do status do cargo – que é transitório – como seu. É aquela educação que envolve conhecimentos de gestão com planejamento.
É lugar-comum, desde a história de Alice no País das Maravilhas, que quem não sabe aonde vai, não sabe como e nem quando chega. Por que em política seria diferente? É a falta de educação política, pois política não se alimenta só de palavras, mas também de trabalho sério, e para desempenhá-la é preciso um preparo mínimo para não atuar confundindo política com postura de agrado, pseudotrabalho e reeleição.
Fala-se em analfabetismo no Brasil, incluindo nesse rol os analfabetos funcionais – aqueles que leem, mas não sabem o que leem. Como se pode classificar, então, as pessoas públicas que são alvos de agendas de reclamações do povo e que não estão entendendo o clamor desse povo? Isso também é um problema de educação nas áreas das relações humanas, do comportamento e da psicologia da comunicação.
Sabemos que esse movimento deverá ter uma solução que envolve educação. O caminho a seguir é da educação para a humanidade, educação para processar a mudança e educação para rever e levantar os fatos agendados, planejando as ações necessárias e adequadas ao momento.
*DIRETORA DO INSTITUTO MC EDUCAÇÃO SOCIAL, VICE-PRESIDENTE DA FEDERASUL – DIVISÃO DE EDUCAÇÃO
Maria Cecília Medeiros de Farias Kother*
O que está acontecendo nas ruas não envolve a educação? É, também, uma questão de educação? Analisem e verão que, sem dúvida, é. Mas, atenção, não é aquela educação que está faltando no Ensino Básico (Fundamental, Médio e Superior) de agora, com projeção de futuro, que o povo está reclamando. Essa atitude popular traz no seu bojo o reconhecimento de que a educação está descuidada, e devemos interpretar esse apelo.
A educação que está deficiente, segundo essa visão, é aquela que deveria fazer parte do currículo da vida dos que estão em altos postos da nação e que se traduz em competência, ética e responsabilidade no que se assume. É a educação de valores formativos que estruturam o caráter e dão aquele feeling necessário e útil a quem ocupa cargos públicos. É aquela educação que ensina civilidade, urbanismo, cooperação, desprendimento, solidariedade, honestidade consigo mesmo e com os outros. É aquela educação para a maturidade que faz as pessoas não perderem o senso da sua realidade e evitarem assumir a vivência do status do cargo – que é transitório – como seu. É aquela educação que envolve conhecimentos de gestão com planejamento.
É lugar-comum, desde a história de Alice no País das Maravilhas, que quem não sabe aonde vai, não sabe como e nem quando chega. Por que em política seria diferente? É a falta de educação política, pois política não se alimenta só de palavras, mas também de trabalho sério, e para desempenhá-la é preciso um preparo mínimo para não atuar confundindo política com postura de agrado, pseudotrabalho e reeleição.
Fala-se em analfabetismo no Brasil, incluindo nesse rol os analfabetos funcionais – aqueles que leem, mas não sabem o que leem. Como se pode classificar, então, as pessoas públicas que são alvos de agendas de reclamações do povo e que não estão entendendo o clamor desse povo? Isso também é um problema de educação nas áreas das relações humanas, do comportamento e da psicologia da comunicação.
Sabemos que esse movimento deverá ter uma solução que envolve educação. O caminho a seguir é da educação para a humanidade, educação para processar a mudança e educação para rever e levantar os fatos agendados, planejando as ações necessárias e adequadas ao momento.
*DIRETORA DO INSTITUTO MC EDUCAÇÃO SOCIAL, VICE-PRESIDENTE DA FEDERASUL – DIVISÃO DE EDUCAÇÃO
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