ARTIGOS
Osvino Toillier*
As autoridades do século 20, como pai, mãe, religiosos, políticos, dirigentes de entidades, foram, no mínimo, abaladas, senão abatidas. Diluídas, perderam o posto na passagem para o século 21. Não são mais referência visível. A única autoridade que sobrou foi o professor!
Isso, por um lado, é um alento; por outro, grande desafio. Os tempos líquidos estão à procura de território. Os náufragos lembraram-se do professor, que também luta para sobreviver. O docente não é o salvador da pátria, mas tem a chance de ajustar-se aos novos tempos, sem perder a essência poética de sua missão.
O professor não vai sobreviver com o auxílio de bom marqueteiro, mágica, macetes ou redes sociais. Mas sim pela humanidade, capacidade de assimilar a nova realidade em que vivemos, sem renunciar às crenças que o conduziram através dos tempos, e ancorado na autenticidade e paixão pelo ser humano e pela vida.
Rupturas são comuns e fazem parte do ciclo das transformações que a vida enseja. A travessia exige que o novo ocupe o lugar do velho. No mínimo, que o antigo admita que essa é a lei da natureza e permita que a vida faça ressurgir o esplendor após a letargia.
Se chegamos ao final de um ciclo, vamos admitir que estamos diante de um novo tempo. O mundo tornou-se plano, sim, e isso nos coloca diante da realidade global. Somos seres planetários e não podemos recolher-nos aos feudos, considerando-nos os melhores do mundo, porque poderemos estar sendo ultrapassados da noite para o dia.
Tudo isso impacta profundamente na educação e exige olhar carinhoso para o professor como sobrevivente das autoridades arcaicas. Em vez de acusá-lo pelo que não consegue fazer, será que não é o momento de abrir espaço para ouvi-lo, dialogar com ele, sem viés corporativo, mas como personagem que marca a vida de crianças, jovens e adultos para sempre? Eu creio que sim, embora isso não diminua a valorização profissional. Precisamos recuperar urgentemente a dimensão poética do professor, o respeito da sociedade, a exemplo do Japão, onde ele é o único que não precisa inclinar-se diante do imperador. Sabemos da importância que o professor tem na sociedade e, por isso, precisamos valorizar a sua atuação, através do reconhecimento de práticas que contribuem para a inovação da educação.
As autoridades do século 20, como pai, mãe, religiosos, políticos, dirigentes de entidades, foram, no mínimo, abaladas, senão abatidas. Diluídas, perderam o posto na passagem para o século 21. Não são mais referência visível. A única autoridade que sobrou foi o professor!
Isso, por um lado, é um alento; por outro, grande desafio. Os tempos líquidos estão à procura de território. Os náufragos lembraram-se do professor, que também luta para sobreviver. O docente não é o salvador da pátria, mas tem a chance de ajustar-se aos novos tempos, sem perder a essência poética de sua missão.
O professor não vai sobreviver com o auxílio de bom marqueteiro, mágica, macetes ou redes sociais. Mas sim pela humanidade, capacidade de assimilar a nova realidade em que vivemos, sem renunciar às crenças que o conduziram através dos tempos, e ancorado na autenticidade e paixão pelo ser humano e pela vida.
Rupturas são comuns e fazem parte do ciclo das transformações que a vida enseja. A travessia exige que o novo ocupe o lugar do velho. No mínimo, que o antigo admita que essa é a lei da natureza e permita que a vida faça ressurgir o esplendor após a letargia.
Se chegamos ao final de um ciclo, vamos admitir que estamos diante de um novo tempo. O mundo tornou-se plano, sim, e isso nos coloca diante da realidade global. Somos seres planetários e não podemos recolher-nos aos feudos, considerando-nos os melhores do mundo, porque poderemos estar sendo ultrapassados da noite para o dia.
Tudo isso impacta profundamente na educação e exige olhar carinhoso para o professor como sobrevivente das autoridades arcaicas. Em vez de acusá-lo pelo que não consegue fazer, será que não é o momento de abrir espaço para ouvi-lo, dialogar com ele, sem viés corporativo, mas como personagem que marca a vida de crianças, jovens e adultos para sempre? Eu creio que sim, embora isso não diminua a valorização profissional. Precisamos recuperar urgentemente a dimensão poética do professor, o respeito da sociedade, a exemplo do Japão, onde ele é o único que não precisa inclinar-se diante do imperador. Sabemos da importância que o professor tem na sociedade e, por isso, precisamos valorizar a sua atuação, através do reconhecimento de práticas que contribuem para a inovação da educação.
*PRESIDENTE DO SINDICATO DO ENSINO PRIVADO (SINEPE/RS)
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