EDITORIAIS
Levantamento do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS) aponta irregularidades preocupantes na área de transporte escolar no Rio Grande do Sul, que precisam ser enfrentadas de imediato. Os problemas não se restringem apenas à frota, que registrou uma redução importante na idade média em circulação, mas ainda oferece riscos inquietantes, como o fato de alguns veículos circularem sem cinto de segurança. Há também falhas na formação dos condutores, muito dos quais trabalham sem habilitação específica e tem até registros de infrações gravíssimas na carteira de motorista.
Certamente, o objetivo do relatório do TCE não é alarmar os pais ou os próprios estudantes transportados – do Ensino Infantil ao Superior, passando pela educação especial. É óbvio, porém, que um sistema responsável pelo deslocamento de 400 mil usuários por todo o Estado não pode dar margem a qualquer tipo de risco previsível, nem esperar que um problema aconteça para agir. Por isso, é preciso que o estudo contribua para ações efetivas sob o ponto de vista da prevenção, que garantam mais segurança para os usuários.
O importante é que, a cada levantamento desse tipo, fique claro que as falhas estão sendo corrigidas. A manutenção de ônibus e vans com tempo excessivo em circulação, por exemplo, acaba na prática tornando o serviço ainda mais caro para o poder público. E é preciso que as falhas, quando existentes, sejam expostas com franqueza para os munícipes, que assim poderão controlar ou mesmo pressionar para que sejam corrigidas logo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário